O deputado estadual Douglas Garcia , eleito em 2018 com ajuda das redes sociais e por sua atuação no Direita São Paulo, teve uma ideia, no mínimo, discutível e acabou em meio à uma “campanha” com fotos de Vampeta pelado.
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Em resposta a manifestação autodenominada antifascista, que foi realizada em São Paulo, no último domingo, por torcidas organizadas de clubes de futebol, o político solicitou aos seus seguidores em uma rede social que denunciassem “antifascistas” e provas reais de “eles são o que afirmam ser”. Para isso, disponibilizou o seu e-mail oficial da Assembleia Legislativa para que as pessoas pudessem anexar as provas.
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O pedido bastou para que internautas, principalmente os simpatizantes de movimentos de esquerda, criassem uma campanha para bombardear o e-mail do deputado com fotos nuas do pentacampeão mundial. Até o fechamento da reportagem, a postagem tinha mais de 14 mil curtidas e com a maioria dos comentários estimulando o envio das fotos.
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Símbolo de jogador moderno da era Wanderley Luxemburgo, além de titular da seleção brasileira e do Corinthians , Vampeta quebrou um tabu no futebol ao ligar seu nome a uma revista gay . O atleta fez história em 1999 ao ser o primeiro jogador de destaque no futebol a posar para a Revista G Magazine.
Em um trecho do livro “Vampeta: memórias do Velho Vamp”, o ex-atleta contou os bastidores de sua decisão, considerada ousada para a época, e até o valor que recebeu pelo trabalho. “Disseram que um jogador de futebol jamais teria coragem para isso. Na mesma hora falei: 'Me dá 50, 80 mil reais que eu saio na hora'. Aí um cara que era dono, ou amigo do dono da revista pegou o talão de cheques e me deu. Peguei na hora, pois era três vezes mais do que eu ganhava por mês no Corinthians”, disse.
Após a revista explodir em vendas, outros nomes do esporte brasileiro estamparam as páginas da G Magazine, casos do ex-goleiro Roger, do São Paulo, Dinei , também do Corinthians, e o velocista Robson Caetano.
Vale lembrar que o deputado Douglas Garcia é um dos investigados pela operação determinada pelo Supremo Tribunal Federal contra a tropa bolsonarista e que teve, nos últimos dias, a Assembleia Legislativa de São Paulo como um dos cenários. No âmbito do inquérito conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, a Polícia Federal fez busca e apreensão em seu gabinete.
A apuração teve início após uma representação feita ao MP pelo deputado federal Junior Bozzella (PSL-SP), que alega ter sido vítima de ofensas em postagens na internet que teriam sido feitas a partir de computadores localizados no gabinete de Douglas Garcia. Para a defesa do político bolsonarista, porém, o caso trata-se de perseguição política.