Cristiana Brittes , acusada de participação na morte do jogador Daniel , no ano passado, não quer voltar para a casa da família onde o atlteta foi agredido, na cidade de São José dos Pinheis, no Paraná.
Leia também: Cris Brittes diz que Daniel estava segurando seu seio e com "pênis para fora"
Após conseguir habeas corpus e ter deixado a Penitenciária Feminina de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, ela forneceu à Justiça um novo endereço, no mesmo bairro em que morava, em Guatupê, onde deseja permanecer.
Cris Brittes vai responder ao processo em liberdade, mas será monitorada por tornozeleira eletrônica e ficará sujeita a diversas restrições, como a proibição de sair de casa sem autorização judicial.
Leia também: Cris Brittes, mulher do assassino de Daniel, deixa prisão após desabafar à juíza
A informação sobre o novo endereço onde Cristiana deseja permanecer foi dada por seus advogados no processo respondido por ela na 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais. Antes do pedido de alteração, constava no processo o endereço da casa da família, onde Daniel foi agredido.
Cristiana responde pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, coação do curso de processo, fraude processual e corrupção de menor. Ela é esposa de Edison Brittes , acusado de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e coação no curso do processo.
Já a filha do casal, Allana Brittes, responde por coação no curso do processo, fraude processual e corrupção de adolescente. Além deles, outras quatro pessoas são acusados de envolvimento no crime.
Daniel foi encontrado morto, em outubro do ano passado, perto de uma estrada rual na Colônia Mergulhãoe, São José dos Pinhais. O crime aconteceu depois da festa de aniversário de 18 anos de Allana. A comemoração começou em uma boate e continuou na casa da família Brittes. Ali, Daniel começou a ser agredido, antes de ser levado ao matagal.
Leia também: Imagens inéditas do celular de Daniel mostram intimidade com Allana Brittes
De acordo com o inquérito da polícia, Daniel foi agredido e morto após ter sido flagrado por Edison Brittes deitado na cama de Cristiana. O jogador foi esfaqueado, e o corpo do dele foi deixado em um matagal a 20 quilômetros da casa onde acontecia a festa, de acordo com a polícia.
Segundo o resultado de uma perícia realizada no telefone de Cristiana, foram feitas pesquisas no aparelho por casas de Swing, locais onde ocorrem troca de casais. A informação é do programa local Tribuna da Massa . De acordo com uma testemunha entrevistada, Edison teria convidado o jogador para que se relacionasse com sua mulher.
Os suspeitos da morte do jogador Daniel se encontraram na praça de alimentação de um shopping na cidade de São José dos Pinhais no dia 29 de outubro, às 14h, dois dias depois do crime.
Segundo a Polícia Civil do Paraná, as imagens mostram Edison Brittes coagindo ao menos outras duas testemunhas. Um outro vídeo publicado pelo "Fantástico", da TV Globo , mostra ainda a chegada de um terceiro suspeito ao encontro.
O sepultamento do atleta ocorreu em Conselheiro Lafaiete (MG), cidade em que vive sua mãe, Eliana Corrêa. Segundo a mãe da vítima, ele começou a jogar futsal aos 5 anos e, desde o início, se destacava.
Daniel passou por grandes clubes do futebol brasileiro, como o Coritiba, Botafogo e Ponte Preta. O meia tinha contrato com o São Paulo, que seria finalizado em dezembro daquele ano, e, na ocasião, havia sido emprestado para o São Bento.
Os acusados
Em 29 de novembro de 2018, a Justiça do Paraná decretou a prisão preventiva de seis pessoas. Ainda há uma sétima ré: Evellyn Brisolla Perusso, com quem Daniel "ficou" naquela noite e cometeu falso testemunho, que responde em liberdade. Allana e Cris Brittes também respondem em liberdade após conseguirem habeas corpus.
- Edison Brittes Júnior : acusado de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor e coação no curso do processo;
- Cristiana Brittes : acusada de homicídio qualificado por motivo torpe, coação do curso de processo, fraude processual e corrupção de menor. Ela responde em liberdade;
- Allana Brittes : acusada de coação no processo, fraude processual e corrupção de adolescente. Ela conseguiu habeas corpus e responde em liberdade;
- Ygor King : acusado de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor;
- Eduardo Henrique da Silva : acusado de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor. Ele é primo de Cris Brittes;
- David William Vollero Silva : acusado de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e denunciação caluniosa;
- Evellyn Brisola Perusso : acusada de denunciação caluniosa, fraude processual, corrupção de menor e falso testemunho. Responde em liberdade.