Cris Brittes, mulher do assassino confesso do jogador Daniel e que também responde pelo crime, deixou a prisão na noite da última quinta-feira após receber liberdade provisória concedida pela juíza Luciani Regina Martins de Paula, da 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais.
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Ela estava na Penitenciária Feminina de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Cris Brittes é uma das sete pessoas acusadas pelo crime e estava presa desde outubro do ano passado.
A mulher de Edison Brittes , que confessou ter matado Daniel Corrêa, responde por homicídio qualificado por motivo torpe, coação do curso de processo, fraude processual e corrupção de menor.
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Nas audiências da semana passada, Cristiana desafabou à juíza e chorou bastante ao relatar o que havia acontecido na manhã do crime. Segundo a ré, ela estava presa de forma injusta.
"Isso que não entendo. Eu estava dormindo na minha casa, na minha cama, no meu quarto dormindo. E fui presa por isso. Eu fui abusada pelo Daniel. Ele não é santo, ele estava em cima de mim com o pênis de fora. Tem fotos que comprovam que ele estava no meu quarto", disse a moça em seu depoimento.
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O Depen-PR (Departamento Penitenciário do Estado do Paraná) divulgou quais são as medidas cautelares que Cristiana deve seguir. Confira abaixo:
- Comparecimento periódico bimestral (uma vez a cada dois meses) em juízo, para informar e justificar suas atividades;
- Proibição de acesso ou frequência à bares e casas noturnas;
- Proibição de manter contato, diretamente ou por interposta pessoa (inclusive mediante contato telefônico, ou qualquer outro meio de comunicação) com testemunhas e demais partes do presente processo, eis que por circunstâncias relacionadas ao delito, deve a ré delas permanecer distante, a fim de evitarem-se eventuais ameaças, constrangimentos ou interferências de qualquer espécie;
- Proibição de ausentar-se da Comarca (compreende-se a capital e os demais municípios que compõem a Comarca de Curitiba) sem autorização prévia;
- Monitoração eletrônica para que a ré possa circular em São José dos Pinhais e Curitiba.
Sobre a monitoração eletrônica:
- O período de monitoração eletrônica será de 90 dias, prorrogáveis por igual período, quantas vezes se fizer necessária a prorrogação, a partir da data da instalação da tornozeleira, nos termos da Corregedoria-Geral da Justiça do Estado do Paraná;
- Deverá a ré recolher-se à sua residência impreterivelmente às 20h, permanecendo até às 6h do dia seguinte, para o repouso noturno, bem como nela deverá permanecer, ininterruptamente, aos finais de semana, feriados e dias de folga;
- Não poderá a ré retirar, danificar, ou de qualquer outra forma obstruir o devido monitoramento por meio da tornozeleira eletrônica, ou permitir que terceiro o faça, e deverá ele observar as demais orientações fornecidas pela Central de Monitoração Eletrônica acerca do bom funcionamento do aparelho;
- Deverá a ré cumprir rigorosamente as determinações de manutenção do equipamento eletrônico.
Os acusados do crime
Em 29 de novembro de 2018, a Justiça do Paraná decretou a prisão preventiva de seis pessoas. Ainda há uma sétima ré: Evellyn Brisolla Perusso, com quem Daniel "ficou" naquela noite e cometeu falso testemunho, que responde em liberdade. Allana e Cris Brittes também respondem em liberdade após conseguirem habeas corpus.
- Edison Brittes Júnior : acusado de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor e coação no curso do processo;
- Cristiana Brittes : acusada de homicídio qualificado por motivo torpe, coação do curso de processo, fraude processual e corrupção de menor. Ela responde em liberdade;
- Allana Brittes : acusada de coação no processo, fraude processual e corrupção de adolescente. Ela conseguiu habeas corpus e responde em liberdade;
- Ygor King : acusado de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor;
- Eduardo Henrique da Silva : acusado de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor. Ele é primo de Cris Brittes;
- David William Vollero Silva : acusado de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e denunciação caluniosa;
- Evellyn Brisola Perusso : acusada de denunciação caluniosa, fraude processual, corrupção de menor e falso testemunho. Responde em liberdade.