A avó do jogador Daniel Corrêa, morto em outubro do ano passado pelo empresário Edison Brites, ainda não sabe que o neto foi assassinado. Dona Anita, de 92 anos, acredita que a morte do atleta tenha sido causada por um mal súbito durante um treino.
Leia também: Allana Brittes quebra o silêncio: "Quem procurou tudo isso foi o próprio Daniel"
"Ele esteve aqui sete dias antes e trouxe a menina (filha dele). Aí ele foi embora e eu falei: ' Daniel , não vai não'. E ele falou: 'Não, vó, amanhã eu tenho treino'. Eu desconfio que foi neste treino que ele morreu. Passou mal, acho que chegou a ir para o hospital, não sei, e morreu", disse a idosa ao programa "Primeiro Impacto", do SBT.
De acordo com a família, a opção por esconder a verdade se deve ao medo de que a avó do jogador não "aguentasse" o choque. Para que isso fosse possível, a televisão na casa de Dona Anita permaneceu 40 dias desligada.
Entenda o caso
Segundo a Polícia Civil do Paraná, Daniel foi "encontrado nu" na Estrada do Mergulhão, em São José dos Pinhais, "com o pescoço praticamente degolado e o órgão genital mutilado". Os investigadores constataram que foi usada uma arma branca no crime. Parentes do jogador o reconheceram, e os primeiros depoimentos foram colhidos.
Leia também: “Eu vi ele sendo enforcado pelo Edison”, revela testemunha do caso Daniel
Segundo o resultado de uma perícia realizada no telefone de Cristiana Brittes , foram feitas pesquisas no aparelho por casas de Swing, locais onde ocorrem troca de casais. A informação é do programa local "Tribuna da Massa". De acordo com uma testemunha entrevistada, Edison teria convidado o jogador para que se relacionasse com sua mulher.
Os suspeitos da morte do jogador Daniel Corrêa se encontraram na praça de alimentação de um shopping na cidade de São José dos Pinhais no dia 29 de outubro, às 14h, dois dias depois do crime. Segundo a Polícia Civil do Paraná, as imagens mostram Edison Brittes
coagindo ao menos outras duas testemunhas. Um outro vídeo publicado pelo Fantástico, da TV Globo, mostra ainda a chegada de um terceiro suspeito ao encontro.
O sepultamento do atleta ocorreu em Conselheiro Lafaiete (MG), cidade em que vive sua mãe, Eliana Corrêa. Segundo a mãe da vítima, ele começou a jogar futsal aos 5 anos e, desde o início, se destacava.
Leia também: Caso Daniel: Busca de Cris Brittes por casas de swing muda rumo da investigação
Daniel passou por grandes clubes do futebol brasileiro, como o Coritiba, Botafogo e Ponte Preta. O meia tinha contrato com o São Paulo, que seria finalizado em dezembro daquele ano, e, na ocasião, havia sido emprestado para o São Bento.