Jorge Sampaoli e Fernando Diniz
LUCAS FIGUEIREDO/CBF
Jorge Sampaoli e Fernando Diniz

Os técnicos Fernando Diniz e Jorge Sampaoli estão chamando atenção na atual temporada, pelo estilo parecido de jogo que ambos implementam em suas equipes. Com propostas ousadas, o brasileiro que treina o Fluminense e o argentino que comanda o Santos têm se destacado quando o assunto é praticar um futebol que privilegie a posse de bola e a agressividade ofensiva.

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O resultado dentro de campo, porém, tem sido diferente entre os dois no Brasileirão . Enquanto o Santos de Sampaoli lidera a competição, o Flu de Fernando Diniz amarga a 16ª colocação, na beira da zona de rebaixamento. Para tentar entender o motivo para esta diferença na tabela de classificação, elencamos alguns aspectos que podem ajudar a explicar o insucesso de Diniz até aqui.

Falta de solidez defensiva

Uma das principais razões que pode ser apontada como vilã do trabalho de Diniz no Fluminense é a ausência de um setor defensivo confiável. Dentre os 20 clubes que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro, o Tricolor é aquele que mais leva gols com o menor número de tentativas contra sua meta. Segundo dados do Footstats, o Flu sofre um gol a cada 6,5 chutes. A defesa do clube carioca é a segunda mais vazada da competição, com 22 gols sofridos, ficando na frente apenas da Chapecoense, que levou 23 gols.

Para efeito de comparação, o Santos só é vazado uma vez a cada 17,89 chutes. O Peixe possui a quarta melhor defesa do Brasileirão, com 9 gols sofridos.

Eficiência ofensiva deixa a desejar

Embora a equipe de Fernando Diniz consiga finalizar em bom número a cada jogo, a eficiência dos arremates está aquém do esperado. Atualmente, o Fluminense é o 9º colocado quando o assunto é o número de chutes necessários para balançar as redes do adversário. O time marca um gol a cada 9,56 finalizações. Já o Santos ocupa o 5º lugar neste aspecto, precisando de 8,91 chutes para marcar um gol.

Relação entre passes e gols

Uma das marcas de Diniz é a predileção pela posse de bola e a troca de passes. Mas a quantidade de passes trocados pelo Fluminense para marcar um gol não tem sido satisfatória. A equipe precisa de 382,33 passes para balançar as redes e é apenas a 15ª colocada neste quesito. Já o Santos aparece em 4º lugar, precisando de 246,74 passes para anotar um gol.

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Elenco limitado

Mesmo com um plantel sem muitas estrelas, Sampaoli tem conseguido fazer o time santista atuar de acordo com sua estratégia de jogo, com verticalidade, velocidade, repertório ofensivo e atletas que se movimentam o tempo todo. Os jogadores entenderam plenamente a proposta do técnico argentino e estão colocando-a em prática.

O mesmo não pode ser dito do Fluminense. Assim como Sampaoli, Fernando Diniz tem um elenco limitado nas mãos, mas não tem tido sucesso em tirar o máximo de cada um. Recentemente, o treinador recebeu alguns reforços importantes, como Nenê e Wellington Nem, que podem contribuir para que o esquema de Diniz comece a se desenvolver com mais eficiência. Mas a falta de um elenco mais qualificado tem prejudicado as ideias de jogo do treinador à frente do time.

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