Um dos maiores goleiros da história do futebol, campeão mundial pela Itália em 2006 e ídolo da Juventus, Gianluigi Buffon revelou, em entrevista para a revista 'Vanity Fair', que sofreu de depressão e teve ataques de pânico durante a carreira.
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"Foi há 15 anos, por alguns meses, tudo perdeu o sentido. Parecia que ninguém se importava comigo, apenas com o jogador de futebol que eu representava. Era como se todo mundo estivesse perguntando sobre Buffon e ninguém sobre Gigi. Foi um momento muito complicado", disse o ex-goleiro da Juventus , atualmente no PSG.
Eleito o melhor goleiro do mundo em 2004, o italiano revelou inclusive que teve que ficar fora de uma partida por conta da depressão e os problemas decorrentes dela.
"Tinha 25 anos, estava no ponto mais alto da carreira, e um dia antes de um jogo da Série A.Fui a Ivano Bordon, preparador de goleiros (da Juve na época), e disse a ele: Ivano, faça o (goleiro Antonio) Chimenti se aquecer e jogar. Não estou me sentindo bem. Tive um ataque de pânico súbito".
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Por fim, o goleiro contou que procurou ajuda para superar a situação, e falou sobre a importância de compartilhar as dificuldades sentidas com outras pessoas, sem se envergonhar de suas fraquezas.
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"Se eu não tivesse compartilhado essa experiência, névoa e confusão com outras pessoas, talvez eu nunca tivesse superado. Eu tive a clareza de entender que aquele momento representava um divisor de águas entre a entrega e o tratamento - de fraquezas que todos nós temos. Eu nunca tive medo de mostrar ou chorar. É algo que aconteceu comigo que não me envergonho", finalizou Buffon .