Nesta quarta-feira (28 de novembro) completa-se dois anos do acidente com o avião da Chapecoense. Em 2016, a aeronave que transportava 77 pessoas caiu na cidade de Medellín, na Colômbia, e vitimou 71 passageiros.
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Apenas quatro passageiros e dois tripulantes sobreviveram ao acidente aéreo. Os jogadores Jackson Follmann, Alan Ruschel, Neto; o jornalista Rafael Henzel; a comissária de bordo Ximena Suarez e o mecânico Erwin Tumiri.
E apesar de lembrarem do dia em que todos eles renasceram, os sobreviventes do voo da LaMia seguiram suas vidas e hoje inspiram outras pessoas com suas histórias de superação. Confira como cada um deles tenta retomar a rotina.
O goleiro Jackson Follmann perdeu parte da perna direita no acidente aéreo e hoje trabalha na parte interna da Chapecoense como relações públicas e embaixador internacional. No início do ano, Follmann representou a agremiação catarinense no Prêmio Laureus, considerado o Oscar do esporte.
O evento aconteceu no Principado de Mônaco, na França. O atleta recebeu o prêmio na categoria “Momento esportivo do ano” pela participação dos três atletas sobreviventes no amistoso contra o Barcelona, em agosto de 2017.
Além de seu trabalho dentro do clube, Follmann abriu uma clínica para amputados em Santa Catarina e divide sua experiência com os pacientes.
Dos três jogadores acidentados, o lateral Alan Ruchel é o único que retornou aos gramados. Seu retornou aconteceu justamente no amistoso contra o Barcelona, durante o Troféu Joan Gamper, que a equipe catarinense foi convidada a participar.
Desde então, Alan é presença recorrente nas escalações da Chapecoense. Seu último jogo foi na quinta-feira da semana passada (22) contra o Sport (ele ficou no banco da partida contra o São Paulo, nesta segunda-feira). Além de atuar no futebol, o lateral espera a chegada do primeiro filho com a esposa Marina.
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Após dois anos o zagueiro Neto continua em processo de recuperação. Último a ser resgatado, desde o acidente o atleta passou por quatro procedimentos cirúrgicos nos joelhos, uma cirurgia no nariz e outra no crânio.
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Juntamente com o médico da Chapecoense, Dr. Carlos Henrique Mendonça Silva, o zagueiro faz sessões de fisioterapia em período integral para retornar à profissão.
“Estamos acreditando bastante que ele possa retornar aos gramados. Nosso trabalho está sendo feito para deixá-lo em condições de realizar a pré-temporada com o elenco. Se ele tiver sem dor, vai ganhar massa muscular de volta e retornará ao futebol”, disse Carlos em entrevista à Folha de S. Paulo.
A ideia é que Neto integre o elenco da Chapecoense no ano que vem. Ele tem contrato com a equipe até o ano de 2020.
O jornalista da rádio Oeste Capital FM retornou às suas atividades em janeiro de 2017, apenas 52 dias após o acidente aéreo. Desde então segue com sua profissão e chegou a escrever um livro intitulado “Viva Como se Estivesse de Partida”, lançado em maio do ano passado.
De vez em quando, Rafael também dá palestras. Recentemente ele foi convidado pela empresa A. Yoshii para participar de um seminário sobre prevenção de acidentes de trabalho.
“No acidente aéreo todas as regras de segurança foram quebradas: aprovação irregular de plano de voo, não abastecimento do avião, não pedido de urgência para pousar e etc. As normas de segurança nas empresas já foram escritas, estão lá para serem cumpridas”, destacou no evento.
O técnico do voo, Erwin Tumiri, segue longe dos holofotes. Tumiri é piloto particular na Bolívia e está estudando para ser piloto comercial. Já a comissária de bordo Ximena Suarez contou em entrevista que voltou a trabalhar em aeroporto , quer voltar a voar, mas ainda não conseguiu entrar em um avião depois do acidente de novembro de 2016.