O processo de impeachment no Santos pode tirar o presidente José Carlos Peres do cargo
Ivan Storti/Santos FC
O processo de impeachment no Santos pode tirar o presidente José Carlos Peres do cargo

A noite desta segunda-feira foi tensa para José Carlos Peres . Após nove meses de gestão, o presidente do Santos viu seu mandato começar a ruir. Dois terços dos conselheiros acataram os pareceres da Comissão de Inquérito e Sindicância e o processo de impeachment contra Peres por infração ao estatuto social seguirá para assembléia geral de sócios que deve ser convocada em um mês.

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José Carlos Peres chegou para reunião minutos antes da abertura dos trabalhos. Demonstrando confiança no veto de seu processo de impeachment no Santos , ele conversou com alguns membros do plenário até ser convocado pelo presidente do CD, Marcelo Teixeira, para compor a mesa ao lado de membros das comissões fiscal e de inquérito e sindicância.

Aberta a sessão, a mesa leu para os conselheiros as conclusões dos pareceres da CIS que sugeriram o impeachment. Após isso o advogado de Peres, Edgar Galvão Machado, usou o plenário para a defesa.

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Galvão disse que Peres não feriu o estatuto social do clube e que o presidente e ele não tiveram direito a uma audiência com os membros da comissão que analisou as denúncias. Ele também utilizou a tática de criticar gestões anteriores para mostrar a evolução do clube na administração do atual presidente

Faixas pedem a saída de Peres do Santos
Fabiano Farah
Faixas pedem a saída de Peres do Santos

Na sequência os conselheiros formaram filas, por ordem alfabética, em cinco urnas espalhadas pelo salão do conselho santista. Por volta de 40 minutos os 244 que assinaram a lista de presença conseguiram votar.

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A mesa do conselho recebeu todas as urnas lacradas e iniciou a apuração. No total foram anunciados 248 votos sendo que 165 votaram a favor do prosseguimento do processo de impeachment, 74 foram contra e dois votos nulos e 1 em branco.

O advogado do presidente contestou os números da primeira votação (pedido do conselheiro Esmeraldo Tarquínio Neto) e houve uma reunião a portas fechadas. Depois de dez minutos o presidente Marcelo Teixeira anunciou 244 votos válidos e ratificou a aprovação, com 68%, do prosseguimento do processo de impeachment.

A segunda votação (pedido do conselheiro Alexandre Santos e Silva) teve início logo depois e ganhou o mesmo destino.

Peres ficou o tempo todo sentado de frente para os conselheiros e demonstrou muita apreensão com o processo. Sem a simpatia de sempre o mandatário alvinegro conversou apenas com o advogado de defesa e promete ir à justiça contestar a decisão do conselho deliberativo do clube.

O presidente deixou a Vila Belmiro 30 minutos depois do fim da reunião pelo portão 6 da Vila Belmiro sem ter contato com quem estava saindo do conselho.

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Até os sócios referendarem ou não o processo de impeachment, José Carlos Peres seguirá no comando do Santos . Caso os associados votem pelo impedimento o vice, Orlando Rollo, que não compareceu a reunião alegando não ter sido convocado, assumirá o comando do clube alvinegro.

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