O fisco espanhol fez mais uma vítima no país. Despois de Messi ter sido condenado a 21 meses de prisão por conta de três crimes fiscais, chegou a vez de Cristiano Ronaldo. De acordo com o jornal espanhol "El Mundo", o português teria recebido cerca de R$ 550 milhões de empresas com sede em paraísos fiscais como as Ilhas Virgens e assim, declarado somente uma pequena porcentagem deste valor.
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Segundo informações da publicação, Cristiano Ronaldo
teria aproveitado a Lei Beckham, que beneficiava jogadores estrangeiros, garantindo menor taxa de imposto de renda àqueles que vinham atuar na Espanha. O nome do código faz referência ao inglês David Beckham, que quando defendia o Real Madrid foi um dos primeiros usufruidores da lei, mas que em 2014 foi abolida pela reforma fiscal espanhola.
A publicação ainda alega que do valor já citado, cerca de R$ 275 milhões são referentes à venda dos direitos de imagem do jogador para as empresas Adifore Finance e Arnel Servies, entre os anos de 2015 e 2020. A operação, no entanto, teria acontecido por intermédio de uma empresa que foi relacionada ao empresário Peter Lim, e o dinheiro tendo sido depositado em uma conta na Suíça, também paraíso fiscal.
Já a outra metade dos R$ 550 milhões teriam sido negociados com a empresa Tollin Associates, estando relacionada aos direitos de imagem dos seis primeiros anos de CR7 no Real Madrid , de 2009 a 2014.
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Investigações
Do total da quantia, o português teria pago ao fisco espanhol somente R$ 20 milhões, ou seja, parcela que equivale menos de 4% do total lucrado nas transações. Assim, o português deixou de pagar cerca de R$ 55 milhões ao fisco. A Agência Tributária da Espanha ainda acusa o jogador pela sonegação de R$ 29 milhões, referentes aos anos de 2011 e 2014, pelo mesmo motivo de direitos de imagem.
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A investigação de sonegação do jogador
faz parte da denúncia obtida através de documentos divulgados pela revista alemã "Der Spiegel" e pelo site "Football Leaks". Desta forma, Cristiano Ronaldo será processado, mas ainda resta saber se o atacante será alvo apenas de processo administrativo ou será julgado em processo criminal.