Marco Polo Del Nero, presidente da CBF
Rafael Ribeiro / CBF
Marco Polo Del Nero, presidente da CBF

A assembleia geral da CBF foi marcada por algumas mudanças. De acordo com o jornal "Folha de S. Paulo", depois de registrar o menor lucro desde 2007, a entidade fez alguns cortes de gastos, dentre eles, deixou de pagar passagens aéreas e hospedagem aos acompanhantes dos dirigentes. Antes, cada membro tinha o direito de trazer pelo menos uma pessoa às reuniões no Rio de Janeiro e todo o custo era bancado pela organização.

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Além disso, a CBF ainda organizava passeios especiais para as mulheres dos dirigentes. Mas esse ano, o jantar que tinha o costume de acontecer na noite da véspera da assembleia não foi realizado. O ex-presidente Ricardo Teixeira esquematizava estes encontros em um requintado restaurante para sentir o clima da reunião que aconteceria no dia seguinte.

Este ano, depois da assembleia o atual presidente Marco Polo Del Nero apenas almoçou com os cartolas no próprio restaurante que funciona na sede da entidade. E o corte de regalias deixou alguns descontentes, que alegam que Del Nero está desprestigiando as entidades estaduais, já que estas são maioria no colégio eleitoral da organização.

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Escândalo

No final do último mês de março, a Fifa entregou às Justiças dos Estados Unidos e da Suíça, a conclusão do inquérito interno diante do escândalo de corrupção que envolveu o organismo regulador mundial do esporte. A intenção da entidade máxima do futebol era atestar não ser uma organização criminosa.

De acordo com o jornal "O Estado de S.Paulo", os documentos entregues incluem detalhes sobre a Copa do Mundo realizada no Brasil, em 2014, e o papel de ex-dirigentes brasileiros esportivos.

Segundo a publicação, Joseph Blatter, o então presidente da entidade, e seus dois assistentes, teriam contrato para receber cerca de R$ 100 milhões em bônus pela realização do Mundial no Brasil. Caso o fato seja comprovado, os pagamentos seriam ilegais e se configurariam como propinas.

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Da mesma forma, a empresa responsável pelo relatório acusou o atual presidente da CBF Marco Polo Del Nero e os dirigentes do Comitê Organizador do Mundial de 2014 José Maria Marin e Ricardo Teixeira. Os cartolas foram denunciados por "corrupção" e por terem prejudicado a "reputação" da Fifa, que pediu à Justiça norte-americana que fosse reembolsada em R$ 16,7 milhões pelos danos causados pelos brasileiros.

Ambos ocuparam "posições de confiança na Fifa e em organizações nacionais". Del Nero e Teixeira da CBF chegaram a ser membros do Comitê Executivo da entidade, absorvendo R$ 5,2 milhões e R$ 11 milhões dos cofres da Fifa, respectivamente. José Maria Marin consumiu R$ 359 mil. Os gastos teriam sido utilizados para pagamentos de viagens, hotéis e salários.

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