Sergio Correa, coordenador do uso de árbitros de vídeo da CBF
Reprodução/CBF
Sergio Correa, coordenador do uso de árbitros de vídeo da CBF

Nesta quarta-feira (14) a tecnologia em vídeo foi utilizada por arbitragem pela primeira vez na história do futebol. A partida aconteceu no Japão entre Kashima Antlers e Atlético o Nacional pela semifinal do Mundial de Clubes. No Brasil, a execução ainda está em processo.

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De acordo com a CBF, o uso de árbitros de vídeo no Brasil será provavelmente implantado a partir de 2018.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, o coordenador do projeto na entidade, Sérgio Corrêa disse que no modelo proposto aqui, diferentemente do que acontece na Holanda, o árbitro não precisará ir a uma cabine para rever o lance. "A comunicação externa com ele é feita via ponto eletrônico. Ter que parar para rever uma jogada vai contra a dinâmica do futebol", disse o dirigente.

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Segundo Corrêa, após o término do Mundial de Clubes a Fifa fará uma revisão no protocolo proposto pela CBF. Ele garante que a estrutura tecnológica brasileira tem capacidade para ser iniciada a partir de agosto do ano que vem. No entanto, para que a execução aconteça corretamente, seria necessário um treinamento de árbitros, o que pode atrasar a estreia para maio de 2018.

"Só que no Brasil começamos o campeonato em maio. Seria preciso, além de treinamento e compra de equipamentos, que os times aceitassem jogar o segundo turno do Brasileiro com uma regra diferente", explicou Sérgio Corrêa.

Até agora, a Fifa aprovou a utilização de vídeos para tomada de decisões na próxima temporada europeia de futebol, que tem início em agosto de 2017.

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Polêmica

Na partida histórica da primeira utilização de vídeo para auxílio da arbitragem, o juiz Viktor Kassai, da Hungria, marcou um pênalti para o Kashima Antlers em cima do Atlético Nacional.

Até então, a partida corria empatada em 0 a 0 e o árbitro analisou o lance pelo monitor após ser avisado por auxiliares que acompanhavam o jogo por televisores. Com a utilização do recurso de vídeo, Kassai marcou a infração.

No entanto, a intervenção causou descontentamentos, já que os mecanismos de vídeo só foram utilizados dois minutos depois do lance, enquanto o jogo já estava rolando novamente.

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