
Adotado pelos brasileiros por conta da solidariedade à Chapecoense, time que enfrentaria na final da Copa Sul-Americana, o Atlético Nacional acabou eliminado precocemente no Mundial de Clubes da Fifa nesta quarta-feira (14). A derrota por 3 a 0 para o Kashima Antlers na semifinal ficou marcada pela inédita decisão do árbitro da partida.
O húngaro Viktor Kassai marcou pênalti para a equipe japonesa, quando a partida estava empatada em 0 a 0, após ser avisado por árbitros auxiliares que acompanhavam o confronto por televisores. Kassai, então, parou a partida, analisou o lance no monitor e decidiu assinalar a infração de Berrío, do Nacional , sobre Nishi.
Como era de se esperar, a atitude causou muita polêmica entre pessoas ligadas ao futebol, como árbitros aposentados, e não seria diferente como os próprios jogadores e também o técnico do Atlético Nacional, Reinaldo Rueda. Felipe Aguilar, zagueiro, foi um dos que acusaram o árbitro de errar, mas o treinador Reinaldo Rueda ponderou que a eliminação não foi decidida por conta do lance.
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"Sei que a ideia é utilizar o vídeo e melhorar o esporte e a qualidade das decisões dos árbitros, mas esta decisão foi totalmente equivocada. Sim, sempre que seja para beneficiar o espetáculo, e não prejudicar os clubes, como neste caso, em que saímos totalmente prejudicados", afirmou o defensor.

"Nós tínhamos falado sobre a situação do uso do vídeo e lamentavelmente o Orlando (Berrio) colidiu acidentalmente com o adversário, que caiu no chão. O placar adverso nos desorganizou, e nós acabamos nos precipitando, quando sempre nos caracterizamos pela busca ao gol adversário de forma organizada. Não podemos sentenciar que perdemos para a tecnologia. Hoje fomos vítimas desta novidade, mas, com o 1 a 0 adverso, acredito que poderíamos virar o placar", falou o técnico.
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Outro que acredita que o lance marcado a favor do time japonês mudou a partida é o meia Mateus Uribe. "Nos surpreendeu, é a primeira vez que usam a regra, estão a testando. E começou com um pênalti que mudou o jogo totalmente, um jogo totalmente controlado pelo Atlético Nacional. Mas temos que tirar lições, trabalhar e ser mais contundentes, porque um jogo pode mudar de um momento para outro", disse.
Questão emocional?
O treinador, que viajou à Chapecó para acompanhar o velório dos jogadores da equipe, ainda quis deixar claro que a culpa da eliminação não foi o emocional da equipe, mas sim que faltou eficiência nas finalizações, já que foram 24 durante os 90 minutos.
"Acho que criamos tantas chances de forma tão fácil (no primeiro tempo) que tivemos um excesso de confiança. Não tivemos a eficiência necessária para jogos diante de equipes tão fechado e disciplinadas como o Kashima", salientou.
Terceiro lugar
Mesmo com o revés, o Nacional entrará em campo no domingo (18) para brigar pelo terceiro lugar do Mundial diante do perdedor entre Real Madrid e América do México, que jogam nesta quinta-feira (15). E a ideia do comandante é terminar o torneio com "dignidade".