São Paulo vence Ponte Preta no Morumbi
Agência O Globo
Daniel Alves comemora gol do São Paulo

               O torcedor do São Paulo ainda anda desconfiado, não é para menos, o time segue buscando um título para quebrar o jejum incômodo de 7 anos completos e imagina que um dia, quem sabe nesse ano de 2020, o clube levante um caneco, de preferência, num torneio importante.

Djoko

Julgamento

               Sem querer julgar, mas julgando, o Campeonato Paulista há tempos já não é mais o mesmo. Para um clube como o São Paulo , acostumado a grandes conquistas, pode ser pouco levantar a taça do Paulistão ou Paulistinha, sei lá, mas a necessidade de levantar um troféu disputado por ele e pelos rivais, tem sempre um gostinho especial.

Fernando Diniz foi contratado a pedido dos jogadores, os mais experientes como Daniel Alves (que nem sabia direito o nome do treinador) e Hernanes, referendaram a chegada do comandante que assumiu um time depois de um trabalho estéril de Cuca.

Começou apagando incêndio no Maracanã

               Primeiro jogo segurou o poderosíssimo e time da moda, Flamengo, no “Maraca”, atuando longe do estilo do treinador, mesmo porque, havia acabado de chegar ao clube e nem treinamento deu, apenas um bate-papo, um acerto no posicionamento e principalmente, na estratégia para não ser goleado no Rio de Janeiro e, deu certo, porque o time não tomou gol do ataque mais fantástico do país no último ano e em 2020.

Neymar

               Eu nunca fui fã dos trabalhos de Diniz , mas admito que, ele sabe fazer os times dele jogarem bonito. Os trabalhos anteriores dele foram fracassos retumbantes na questão resultados. Times jogando bonito e ficando nas “ZRs” dos campeonatos, equipes que dançavam na hora de decidir, tudo porque não conseguiram fazer os gols necessários para obter os resultados.

               No São Paulo não foi diferente, mas há uma evolução gigantesca do ano passado para esse momento do time. Nada de outro mundo ainda, mas muitas chances são criadas, o time joga bonito, há triangulações, chegadas ao fundo, chutes de fora da área, troca de posições e uma recomposição mais eficiente do que era no final da temporada passada.

Justiça seja feita...

               Seria leviano e injusto de minha parte, criticar o trabalho do treinador que, não tem um “9” que é “9” de verdade, Pablo e Pato têm as mesmas características, jogam pela beirada do campo trazendo o jogo para o meio e sendo o 2º atacante que também sabe fazer gols. Nesse momento da temporada, início ainda, a impressão que se dá, é que Diniz achou o lugar dos 2 no time e inclusive, quando Antony está em campo e isso vai acontecer até o meio do ano (ele foi vendido ao Ajax da Holanda), o treinador vai deixar um no banco do outro.

Daniel Alves comemorando com a torcida
Agência O Globo
Daniel Alves


Você viu?

               Falta ao São Paulo um “9” de ofício e esse jogador, não é artigo fácil de encontrar no Brasil, há muitos centroavantes de mais idade jogando no país e apenas um, que é jovem, vem “comendo a bola”, vem “esmerilhando”, é o “Gabigol” que só não faz chover no Flamengo de Jorge Jesus.

               É raro achar um “9” confiável no futebol brasileiro de hoje, alguém que assuma a camisa “9” de um time grande e que faça muitos gols e ganhe títulos. Há inúmeros exemplos recentes em gigantes do país em que os “9s” não vingaram.

               Não sei dizer se esse é o principal problema que Diniz irá enfrentar no São Paulo , acho que não, mesmo porque, dá pra se fazer um time goleador e vencedor sem um “9” de ofício, basta achar um esquema em que o time rode muito no ataque, em que os homens de meio-campo e laterais cheguem na área adversária para finalizar em gol e que, com muito treinamento, melhore a pontaria dos jogadores, coisa que tenho certeza que o treinador faz no São Paulo , o problema é a qualidade dos jogadores na hora de definir o lance ou ainda, a questão “cabeça”, time pressionado, atacante mais ainda.

               Time com Igor Gomes voa, com Hernanes empaca, mas isso não quer dizer que o “profeta” não possa jogar, talvez como 2º volante, mas claro que tem menos velocidade que Daniel Alves, aliás, o “Good Crazy” vem jogando o que se espera dele, rápido na recomposição, rouba a bola e municia com qualidade os atacantes e também, faz seus golzinhos. Começou mal o ano e hoje está muito bem, seu crescimento é proporcional ao crescimento do time em campo.

               Os resultados começaram a aparecer e isso dá mais confiança. Ontem no Morumbi, o time fez um 1º tempo espetacular, mas no 2º, se acomodou e sofreu com uma Ponte Preta tendo 10 homens em campo. Diniz deu bronca no time após o jogo e parece que o grupo a entendeu e concordou. Isso é bom, mostra sintonia entre todos.

Pato e Daniel Alves comemoram gol do São Paulo
Agência O Globo
Daniel Alves e Pato


               Falta ao São Paulo de Diniz um pouco mais de “instinto matador”, o time não pode vacilar porque na quinta agora, joga no Peru contra o Binacional numa altitude de 3800 metros estreando na fase de grupos da Libertadores e essa competição, não perdoa as vaciladas fora de hora.

               É momento de aguardar a estreia de um time que está em um bom momento e procura auto-afirmação em todos os sentidos, uma derrota pode mudar tudo e colocar uma enorme pressão no elenco e principalmente no treinador. Futebol é assim: resultado no meio de semana e no final de semana, nada mais importa, que o diga o próprio Diniz que faz os times jogar bonito sem ganhar nada.

              Agora no São Paulo , ele busca mudar esse histórico. Não sei se os treinamentos condicionam os jogadores a tocar a bola e esquecerem de finalizar a gol, mas é o que parece acontecer nos times do Diniz .

Clássico?

               E comente: para você, São Paulo vai jogar bem na Libertadores, no Grupo que tem também LDU do equador e o temido River Plate da Argentina?

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