Eu não tive o privilégio de ver Coutinho jogar no ataque mais fantástico que já surgiu na história do futebol.
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Fiel escudeiro de Pelé, Coutinho era mais do que isso: ele se completava e “O Rei do Futebol” era completado por ele, quer dizer que ambos se completavam e vice e versa. Uma dupla infalível. Um abria espaço para o outro.
Provavelmente Pelé não teria sido Pelé se não tivesse jogado ao lado de Coutinho.
Hoje o termo “arco e flecha” volta com tudo nas transmissões esportivas, quem poderia imaginar, podemos lembrar de várias duplas que fizeram jus a essa alcunha, mas nenhuma engraxará as chuteiras surradas de Coutinho & Pelé.
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A dupla do Santos e da seleção que calou tantos estádios, como em 1963 na final da Libertadores em plena “La Bombonera” do Boca Juniors que mesmo calado, assistiu de boca aberta ao show de bola dos dois.
Nem o anit-herói Robin Hood entende tanto de arco e flecha como Coutinho & Pelé ou Pelé & Coutinho. Nem Eros, o Deus mítico grego, mais conhecido como “Cupido”, sabe mais do ofício do que essa dupla fenomenal que fez a bola se apaixonar por ela. Foi amor à primeira vista.
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A grande área que já anda tão vazia, carente de bons nomes, fica mais triste. O futebol fica mais triste. A bola que sempre reverenciou o “camisa 9”, agora sossega, em algum lugar lá no céu, apaixonada e iluminando o mais 9 de todos os 9. Adeus, Coutinho .