Grid girls no circuito de Navarra, na Espanha
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Grid girls no circuito de Navarra, na Espanha

Um circuito de automobilismo da Espanha criou uma grande polêmica ao fazer um anúncio sexista para a escolha de grid girls para trabalhar em uma competição.

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Conforme o jornal espanhol “La Vanguardia”, as garotas candidatas a grid girls deveriam ter entre “95 e 100 centímetros de seios” (no Brasil, algo em torno de 90 cm) para trabalhar no circuito de Los Arcos, em Navarra.

Essa era a condição exigida para admissão das modelos pela organizadora Garbo Events, de Madri, foi censurada pelo Governo de Navarra e pela administração do circuito, que se desvinculou completamente do assunto.

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A oferta, como indicado no anúncio, procura selecionar "duas recepcionistas alta de imagem, com disponibilidade para viajar no fim de semana para o circuito de Navarra", onde se disputa as provas do Campeonato Espanhol de carro de turismo, resistência e Fórmula 4.

O trabalho, que "consistirá em acompanhar um piloto" e tem um salário líquido de 200 euros e as despesas pagas, sublinha outro requisito: marcado como condição "essencial" possuir "um tamanho 95 ou 100 peito".

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Segundo o jornal, assim que a controvérsia explodiu, o circuito divulgou uma declaração distanciando-se do anúncio com o qual, insistem, "não temos nada a fazer".

"Desde o início desta instalação, nós sempre defendemos a igualdade de direitos e somos totalmente contra ações, solicitações ou, como neste caso, anúncios sexistas", destacam os responsáveis ​​na nota.

A direção disse, ainda, que para qualquer contratação de pessoal sempre recorrem a uma empresa de Navarra e sem exigir condições ou requisitos como o exposto.

"Obviamente, nós não vamos por esse caminho. O que entendemos é que alguma equipe fez esse pedido e a única coisa que podemos fazer é denunciá-lo", disse o diretor do circuito, Manuel Muñoz.

O governo de Navarra, por sua vez, também censurou a oferta sexista.

"Você não pode aceitar um anúncio nestes termos e teremos que combatê-lo", disse a porta-voz da executiva, Maria Solana.

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Ainda de acordo com “La Vanguardia”, a empresa responsável pela publicação, a Garbo Events, se esquivou da controvérsia e atribuiu a um "erro" de um colega que, como descrito, "aceitou uma oferta de emprego há quatro anos e a copiou na íntegra". Além disso, insistem que eles não trabalham com clientes que façam esse tipo de exigência.

Vale ressaltar que a Fórmula 1 baniu de suas provas a presença de grid girls no último ano.

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