A Fórmula 1
anunciou algumas mudanças para a temporada de 2018 da elite do automobilismo e dentre delas, estava o fim das grid girls
. Segundo o comunicado da própria categoria, os desfiles das mulheres antes das corridas não condizem com os valores da marca e com as normas da sociedade moderna. As alterações feitas pela nova proprietária da F1, a Liberty Media, no entanto, não agradou algumas pessoas e dentre elas, o tetracampeão Sebastian Vettel.
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"Acho que sou tradicionalista e gosto de me apegar a certas coisas. Há algumas coisas em que não sou especialista e não preciso entender", afirmou Vettel ao site Crash.net . "Estou confuso porque as corridas começam depois, um pouco triste por não haver mais grid girls. Do ponto de vista da pilotagem, obviamente não há muita coisa que mudou", completou o alemão, que contestou a mudança do horário das corridas.
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Opinião das grid girls
"E o inevitável aconteceu, as grid girls estão banidas da F1. É ridículo que mulheres que dizem que ‘brigam pelo direito das mulheres’ queiram determinar o que outras devem ou não fazer, nos impedindo de fazer um trabalho que amamos e do qual nos orgulhamos. O politicamente correto ficou louco", escreveu Rebecca Cooper, modelo que trabalhou como grid girl da F1 cinco vezes, em seu Twitter.
Rebecca disse ainda que as mulheres que trabalham com automobilismo têm sua imagem deturpada e que não são como "móveis pouco revestidos" ou tem a intenção de "provocar" os outros, que são casos de frases que ouvem, segundo ela. Juntamente com o protesto, ela publicou fotos das roupas que já usou como grid girl.
Quem também se pronunciou de forma contrária ao fim de mulheres antes das provas de F1 foi Michelle Westby, que, além de ser modelo no mundo de esportes a motor, trabalha como piloto dublê e em corridas de drift.
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“Se eu não fosse grid girl, não estaria onde estou hoje, em um ambiente predominantemente dominado por homens, inspirando e influenciando outras mulheres a buscarem seu espaço. Recebo mensagens o tempo todo dizendo que sou inspiração. O que as pessoas não percebem é que conhecemos os produtos e as equipes que estamos promovendo, é parte do nosso trabalho também”, criticou.
“E os uniformes, cabe a nós nos sentirmos à vontade neles. Estamos mais vestidas do que adolescentes que vão ao supermercado. É frustrante pensar que muitas meninas perderam sua fonte de renda porque feministas pensam que sabem mais do que realmente sabem, quando não tem ideia de como é nosso trabalho”, acrescentou Michelle, que defende o mesmo pensamento de Sebastian Vettel .