A judoca Rafaela Silva, campeã olímpica nos Jogos Rio-2016, testou positivo para uma substância proibida pela Agência Mundial Antidoping (Wada) durante os Jogos Pan-Americanos de Lima.
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Em entrevista coletiva para explicar o caso de doping por uso defenoterol, composto químico usado em medicamentos para tratar problemas respiratórios como asma, pneumonia, bronquite e tuberculose, Rafaela Silva deu uma justificativa no mínimo inusitada.
Segundo ela, a contaminação teria acontecido em contato com a saliva de uma criança que faz uso da substância, filha de uma companheira de treinos do Instituto Reação. Segundo Rafaela, é costume que ela deixe bebês chuparem seu nariz, em gesto de carinho.
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"Fui fazer uma sauna no apartamento da Flávia Rodrigues, e tenho a mania de dar o nariz para meu sobrinho e a filha da Flávia chuparem", afirmou.
A judoca brasileira, porém, não é a primeira atleta a dar justificativa bizarra para um caso de doping. Confira abaixo algumas outras histórias curiosas.
Na depilação
Um dos maiores nomes do atletismo brasileiro, Maurren Maggi foi flagrada no antidoping em 2004 pelo uso da substância clostebol. Em sua defesa, a saltadora alegou que a substância foi usada em um creme cicatrizante durante uma sessão de depilação, mas a sua versão não foi suficiente e ela foi suspensa do esporte por dois anos.
Pelo beijo
Em 2016, o canadense Shawn Barber , que compete no salto com vara, foi flagrado no exame antidoping pelo consumo de cocaína. Segundo ele, a droga foi parar em seu organismo após beijar uma prostituta que teria usado a substância. Segundo o atleta, que acabou inocentado no caso, ele conheceu a garota em um site de encontros casuais, e ressaltou no formulário que queria uma "profissional livre de drogas".
O caso não foi o primeiro do tipo. Em 2009, o tenista Richard Gasquet também foi pego pelo uso de cocaína , e conseguiu uma diminuição de pena após alegar que a substância foi parar em seu organismo depois que ele beijou uma garota que teria usado a droga em uma boate de Miami.
Queda de cabelo
No final de 2007, quando atuava pelo Vasco, o atacante Romário foi pego no exame antidoping por ter sido encontrada em seu organismo a substância finasterida, comum em tônicos capilares.
"Vou ter de parar com esse remédio aí", disse o Baixinho na ocasião, admitindo que estava usando produto contra queda de cabelos. Ele ficou suspenso por alguns meses, mas foi absolvido ainda no começo de 2008 e voltou aos gramados.
Foi o chá
Em 2017, o atacante Paolo Guerrero foi flagrado no exame antidoping em teste feito após a partida entre Peru e Argentina, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia. Em sua defesa, o jogador do Internacional alegou que o metabólico de cocaína encontrado em seu exame estava presente em chá de coca tomado em um hotel.
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Um caso muito parecido aconteceu com o goleiro Zetti , que foi pego no doping quando defendia a seleção brasileira em 1993 após uma partida contra a Bolívia, também pelas Eliminatórias. Na época, o jogador também alegou que a ingestão teria ocorrido em um chá de coca, tomado para diminuir os efeitos da altitude. Ao contrário do peruano, o goleiro foi absolvido em seu julgamento.