Algumas semanas após brilhar nas quadras de Wimbledon , na Inglaterra, a tenista brasileira Bia Haddad Maia foi flagrada no exame antidoping por uso de anabolizante.
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A ITF (Federação Internacional do Tênis) informou que amostra de urina de Bia Haddad realizada durante a participação no WTA da Croácia deste ano deu positiva para quatro substâncias.
O exame foi feito em 4 de junho e ela está suspensa das atividades de forma provisória.
O laboratório de Montreal, no Canadá, que fez a análise do exame, identificou agentes anabolizantes proibidos para a prática do tênis profissional.
Confira o comunicado da assessoria jurídica da tenista:
"A tenista Beatriz Haddad Maia recebeu com surpresa, na manhã desta terça-feira (23), a notificação do Programa de Anti-Doping da ITF que, em teste realizado no Croatia Bol Open, no mês passado, foi encontrado as substâncias SARM S-22 e SARM LGD-4033.
A atleta esclarece que jamais procurou obter vantagem indevida, sempre respeitou o jogo limpo e que trabalhará na sua defesa para provar sua inocência".
2019 mágico
Número 1 do Brasil, Bia Haddad brilhou em Wimbledon neste ano ao derrotar a espanhola Garbiñe Muguruza por 2 sets a 0, duplo 6/4, logo na partida de estreia. Muguruza era líder do ranking mundial em 2017.
Depois, na segunda rodada, a brasileira acabou sentindo uma lesão no duelo diante da britânica Harriet Dart e foi eliminada.
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A vitória sobre Muguruza foi a maior de uma brasileira em Grand Slams desde 1989, quando Andrea Vieira derrotou a então top 20 Hana Mandlikova no torneio de Roland Garros.
Aos 22 anos de idade, Bia Haddad conquistou sua primeira vitória sobre uma tenista top 50 em torneios Grand Slams. Ainda nesta temporada, a brasileira já havia anotado a maior vitória do tênis feminino do país na Era Aberta ao superar a norte-americana Sloane Stephens, então número 4 do mundo, pelo WTA de Acapulco, em março.