O tenista mineiro Marcelo Melo conquistou na noite desta quarta-feira o troféu de Melhor Atleta do Ano do Prêmio Brasil Olímpico 2017. A 19ª edição do tradicional evento, organizado pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil), foi realizada na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro.
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Marcelo Melo , que já havia sido escolhido em sua modalidade, o tênis, concorreu a Melhor do Ano com Caio Bonfim, do atletismo, e a dupla Evandro/André, do vôlei de praia.
O tenista recebeu o troféu das mãos do presidente do COB, Paulo Wanderley, e do ministro do Esporte, Leonardo Picciani, e fez um agradecimento emocionado. "Quero agradecer à minha família, aprendi a jogar tênis por causa dos meus pais. Ao meu preparador físico Chris (Bastos), um agradecimento especial ao Daniel (Melo), meu treinador há 11 anos, que está sempre viajando comigo", disse.
"Quero agradecer ao Sebastião Bonfim, meu primeiro patrocinador há 11 anos. Ele é meu mentor me apoiando dentro e fora da quadra. Agradeço à CBT, ao COB pela estrutura. Ano passado foi especial, conquistei Wimbledon, o torneio mais sagrado, era meu sonho. Consegui terminar como número 1 do mundo", completou o atleta, que continuou.
"Agradeço à torcida. Nós temos muito orgulho de representar nosso país. Fico até arrepiado, porque quando a gente está fora, tem sempre um brasileiro nos apoiando. Jogo na China, no Japão e sempre recebo apoio dos torcedores. Isso a gente não vê em outros países. Estou muito feliz por ter conquistado este troféu para o tênis", contou Marcelo.
"É uma conquista enorme e gratificante ser o atleta do ano, entre todos os atletas olímpicos", finalizou o tenista;
O troféu de Melhor Atleta do Ano vem destacar uma temporada, a de 2017, em que Melo, ao lado do polonês Lukasz Kubot, comemorou muitas conquistas, entre as quais seu grande sonho, o tradicional torneio de Wimbledon. No total, seis títulos, sendo três Masters 1000.
Eles encerraram o ano como parceria número 1 do mundo e Marcelo, também, como líder do ranking mundial individual de duplas da ATP.
Marcelo Melo continua no topo do ranking agora em 2018, atualmente dividindo a liderança com Kubot. Já são 51 semanas ao longo da carreira. Ele é o atual recordista brasileiro em número de semanas como líder e, também, em títulos – 29 conquistas.
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A escolha dos melhores em cada modalidade, assim como os que concorreram ao Troféu de Melhor Atleta do Ano, foi realizada por um júri formado por jornalistas, dirigentes, ex atletas e personalidades do esporte.
A dupla de Marcelo Melo
O mineiro Marcelo Melo, 34 anos, e o polonês Lukasz Kubot , 35 anos, estão jogando juntos desde o início da temporada 2017. Antes, formaram parceria em torneios como o ATP de Viena, onde foram campeões em 2015 e 2016.
Em 2017, a dupla Melo e Kubot disputou 24 torneios, conquistou seis títulos, venceu 51 jogos, com apenas 18 derrotas. Entre essas vitórias está a 400ª da carreira do brasileiro, obtida na estreia em Roland Garros.
Em 2018, até agora, foram 14 jogos e nove vitórias - quatro em Sidney, com o título do ATP 250, três no Australian Open, em Melbourne, ambos na Austrália, uma no ATP 500 de Roterdã, na Holanda, e uma no Rio Open, no Rio de Janeiro.
Recordes de Marcelo Melo em 2018
Neste ano, Melo passou a ser o tenista brasileiro com maior número de semanas no topo do ranking - 51 - e, também, o recordista brasileiro em número de títulos da ATP, com 29. Desde que voltou ao primeiro lugar do mundo, em novembro, encerrando 2017 como número 1, está há 24 semanas como líder (13 no ano passado e 11 em 2018).
Antes, ele ocupou a liderança pela primeira vez em 2015, por 22 semanas, também virando o ano na frente, e voltou ao primeiro lugar por mais quatro semanas a partir de maio de 2016.
Principais conquistas na carreira
Entre os 29 títulos de Melo na carreira, todos em duplas, dois são Grand Slam – Roland Garros, na França (2015) e Wimbledon, em Londres (2017) e oito Masters 1000, além de cinco ATP 500 e 14 ATP 250. Com a conquista em Sidney, pelo 12º ano consecutivo comemora ao menos um título por temporada.
O primeiro título em torneios ATP foi em 2007, no Estoril, em Portugal. Tem dois Grand Slam - Roland Garros 2015 e Wimbledon 2017 -, além de um vice em Londres (2013) e duas semifinais no US Open. Marcelo também lidera no número de títulos em Masters 1000. Em Paris, em novembro de 2017, chegou ao oitavo, depois de ganhar Shangai (2013 e 2015), Paris (2015), Toronto (2016), Cincinnati (2016), Miami (2017) e Madri (2017).
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