Nascida na Croácia mas naturalizada australiana, Jelena Dokic lançou recentemente a sua autobiografia e fez revelações polêmicas. Ela, que já chegou a ser a tenista número 4 do mundo, afirmou ter sido abusada fisicamente pelo pai, Damir Dokic, durante 13 anos. Nas denúncias, a mulher, hoje com 34 anos de idade, revelou ter recebido tapas, chicotadas e cuspes.
LEIA TAMBÉM: Tenista reduz seus seios e se torna a número 1 do mundo: "Estou mais agressiva"
De acordo com o jornal The Sun , as agressões tiveram início quando Jelena tinha apenas seis anos de idade e se manteram até os 19, quando ela saiu de casa. Em uma das ocasiões que foi agredida pelo pai, que também era seu treinador, a tenista disse que chegou a perder a consciência. Além das agressões físicas, ele também a chamava de "prostituta".
LEIA TAMBÉM: Polêmico sorteio no tênis com belas modelos é considerado sexista e grosseiro
Agressões
Em Wimbledon , Jelena perdeu na semifinal para Lindsay Davenport. Irritado, o pai a proibiu de voltar para casa. "Não era apenas a dor física, mas a emocional foi a que mais me machucou. Ele disse que eu era uma desgraça e um constrangimento e que eu não poderia voltar para casa. Eu não tinha para onde ir e tentava procurar um lugar para passar a noite", disse.
Em 2000, ao ser derrotada na primeira rodada do Du Maurier Open, no Canadá, ela conta que recebeu a pior agressão de sua vida. "Ele me bateu e eu desmaiei. Levei um golpe na cabeça, cai e enquanto eu estava no chão, ele começou a me chutar e chutou perto da minha orelha e então minha visão desapareceu", confessou Jelena Dovic.
LEIA TAMBÉM: Falido, ex-número 1 do mundo vai vender troféus de Wimbledon para pagar dívida
Nove anos depois, o pai da atleta chegou a ser preso por ter ameaçado o embaixador australiano da Sérvia com uma granada na mão. A associação de tênis da Austrália, chegou inclusive, a declarar que na época, muitos tentaram ajudar com a difícil situação familiar da tenista. No entanto, "sem a colaboração dos envolvidos diretamente, não poderia ser totalmente investigado", afirmou.