Arte em homenagem a Paola Egonu foi vandalizada
Reprodução/ Redes Sociais
Arte em homenagem a Paola Egonu foi vandalizada

Após conquistar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, a seleção feminina de vôlei da Itália recebeu uma homenagem com um mural em Roma. A atleta escolhida para representar o país na dedicatória foi a oposta  Paola Egonu.

No mural, a atleta, que foi eleita a MVP da competição, lançava uma bola com os dizeres “pare com o racismo, ódio, xenofobia e ignorância”. Porém, dias depois, a arte sofreu vandalismo e a imagem foi borrada.

O caso rendeu comentários e repercussão na Itália. Simone Giannelli, capitão da seleção masculina, se pronunciou nas redes sociais e afirmou que “as pessoas são sem coração, dignidade e humanidade”.

“As pessoas que fizeram isso não merecem ser chamadas assim. São sem coração, sem dignidade e sem humanidade. Paola, não se preocupe com eles, quem for responsável cuidará disso (espero que sim). Você é uma grande campeã olímpica”, disse Giannelli.

Paola Egonu enfrentou racismo durante boa parte da carreira na Itália. Ela nasceu em Cittadella e é filha de pais nigerianos. Um caso marcante aconteceu quando a atleta tinha 16 anos e jogava pelo Treviso. Ela viu torcedores rivais imitarem sons de macacos em cada toque na bola.

A artista de rua Laika foi quem criouo mural em homenagem a Egonu, localizado em frente à sede do Comitê Olímpico da Itália, e foi intitulada “Italianità” (que significa “Italianidade” em português).

“No nosso país, já não há espaço para a xenofobia, o racismo, o ódio e a intolerância. O racismo é uma praga social que deve ser derrotada. Fazer isso por meio do esporte é muito importante. Acredito num futuro de inclusão, acolhimento e respeito pelos direitos humanos. Ser representado por atletas como Paola Egonu, Myriam Sylla (de origem marfinense), Ekaterina Antropova (nascida na Islândia, de origem russa) é uma honra. Vê-las com a medalha mais preciosa dos Jogos Olímpicos pendurada no pescoço enquanto cantam emocionadas o hino italiano é uma alegria imensa. Dedico este cartaz a todos os italianos não reconhecidos como tal pelo nosso Estado”, disse Laika.

Laura Boldrini, ex-porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados na Itália e atual deputada, afirmou que trata-se de mais um caso de racismo.

“Vandalizar com tinta rosa o mural criado por Laika e dedicado a Paola Egonu é um insulto racista que qualifica quem o fez, que certamente nunca trouxe nenhuma medalha para casa. A Itália que olha para o futuro e vence, fá-lo valorizando as diferenças e tornando-as suas. Deixemos que os senhores e senhoras ligados a um “modelo único de italianidade” que existe apenas nas suas cabecinhas superem isso. Um abraço e solidariedade à grande Paola Egonu”, disse.

Veja abaixo galeria de fotos da oposta italiana Paola Egonu:

Paola Egonu Reprodução/ Instagram
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