Durante a cerimônia de recebimento da medalha de ouro do futebol masculino
, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) desafiou o Comitê Olímpico do Brasil (COB) ao subir no pódio sem vestir o agasalho oficial da delegação, que é fornecido pela empresa chinesa Peak. Os jogadores, no entanto, vestiram a camisa oficial do time, patrocinada pela Nike, com o agasalho apenas amarrado na cintura.
Para os Jogos, o Comitê Olímpico Internacional (COI) aprova um uniforme de pódio que vale para todas as modalidades. Por exemplo, toda vez que atleta dos Estados Unidos sobe no pódio, ele usa um mesmo uniforme da Nike. Isso serve para todas os países.
Até a Rio-2016, o Brasil tinha o uniforme produzido pela Nike, que na época era patrocinadora do COB, entretanto, o contrato não foi renovado. Com a vaga de fornecedor de material esportivo em aberto, o Comitê nacional fechou com a Peak. O acordo com a marca chinesa é: ela fornece milhares de peças, e em troca, é exposta em momentos cruciais, sendo a cerimônia de pódio o principal.
Dentro dos campos e quadras, o uniforme de cada equipe pode ter seu próprio patrocínio, como a Nike no futebol, vôlei e atletismo, e, a Asics que fornece material ao vôlei. Caso a confederação não tenha fornecedor, as vestimentas são da Peak.
Segundo o COB, subir ao pódio sem o agasalho oficial fere as regras do COI. Entretanto, a CBF manteve a decisão de expor a marca da Nike no pódio. As consequências, entretanto, serão sofridas pelo Time Brasil, ou seja, toda o Comitê e não a confederação. Tendo isso em vista, o COB já havia feito um pedido formal para que a CBF não fizesse exatamente o que fez.
Um dos maiores problemas é na relação do COB com a Peak, já que o acordo não foi cumprido. Com isso, o comitê pode ter prejuízos e a renovação de contrato ser atrapalhada.