Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB
COB/Divulgação
Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB

Carlos Arthur Nuzman, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), foi preso nesta quinta-feira (5), pela Polícia Federal. O cartola é acusado por sua suposta participação em uma operação de compra de jurados para a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. O ex-jogador de vôlei era, inclusive, o presidente do Comitê Rio 2016 e foi preso em sua casa, no Alto Leblon, zona sul da cidade.

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A operação trata-se de um desdobramento da Operação Unfair Play - Segundo Tempo e é realizada em conjunto com o Ministério Público Federal. Além de Nuzman , o diretor-geral de operações do Comitê Rio 2016, Leonardo Gryner, também foi preso.

Ambos serão indiciados por corrupção , lavagem de dinheiro e organização criminosa. Nuzman e Gryner teriam sido os responsáveis em intermediar as compras de votos tal como organizar o pagamento das propinas. O dinheiro teria vindo do empresário carioca Arthur Cesar Soares de Menezes Filho, conhecido como Rei Arthur, que tem mandato de prisão decretado, mas ainda está foragido. Segundo informações das autoridades, há ainda a participação do ex-governador da cidade, Sérgio Cabral.

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Prisão 

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), um dos motivos da prisão temporária do presidente do COB foi o fato da tentativa de ocultar bens. Dentre eles, valores em espécie e ainda 16 barras de ouro, que estariam em um cofre na Suíça.

"Ao fazer a retificação da declaração do imposto de renda para incluir ester bens, em 20/09/2017, claramente atuou para obstruir investigação da ocultação de patrimônio e sequer apontou a origem desse patrimônio, o que indica a ilicitude de sua origem", diz o documento de pedido de prisão .

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Ainda segundo com o MPF, a omissão seria de no mínimo R$ 1,8 milhões. Além disso, nos últimos 10 dos 22 anos de presidência do Comitê Olímpico Brasileiro, o patrominônio de Nuzman amplicou em 457%, sem indicações claras de seus rendimentos.

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