Sede do Comitê Olímpico da Rússia, em Moscou
Reuters
Sede do Comitê Olímpico da Rússia, em Moscou

Na tarde dessa quinta-feira, a Agência Mundial Antidoping (Wada) divulgará um documento com 89 páginas sobre o envolvimento da Federação Internacional de Atletismo (Iaaf) nos casos de doping de atletas, divulgado no ano passado.

Segundo o documento "a corrupção está ancorada na organização" não sendo apenas meia duzia de participantes, mas um problemas estrutural na instituição: "não se trata de algo perpetrado por um rebelde que agiu por conta própria", diz o relatório.

Há indícios de que a Iaaf teve conhecimento dos casos de doping russo  em 2009,mas ocultou um alto número de resultados de exame de sangue.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, foi apontado como um dos que sabiam dos casos. O ex-presidente da instituição, Lamine Diack, teria uma relação muito próxima com Putin e até pedia conselhos sobre o tema.

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A nova investigação da comissão independente da Wada é o segundo capítulo do escândalo do atletismo que foi revelado pela mesma comissão, em novembro do ano passado, e que virou documentário de um canal de televisão alemão intitulado "Doping: estritamente confidencial. Como a Rússia cria seus ganhadores", lançado no fim de 2014.

No documentário, é revelado um grande esquema de desvio de resultados de doping em troca de dinheiro, envolvendo gerentes seniors da Iaaf. Antes da reportagem a Wada já tinha começado a investigação.

A federação ratificou qualquer envolvimento no escândalo, relacionando o ocorrido a antigos funcionários. A comissão, no entanto, concluiu que seria impossível a IAAF não saber o que se passava.

Diack, foi acusado pela justiça francesa de ocultar os casos em troca de dinheiro. O atual presidente, Sebastian Coe, foi vice de Diack em seu mandato.

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