A judoca Rafaela Silva, campeã olímpica nos Jogos Rio-2016, testou positivo para uma substância proibida pela Agência Mundial Antidoping (Wada) durante os Jogos Pan-Americanos de Lima. A atleta dará explicações sobre o caso em uma coletiva nesta sexta-feira, às 15h, na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), no Rio de Janeiro.
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A carioca levou o ouro no Pan , em agosto, na categoria até 57kg. No final daquele mês, faturou o bronze no Campeonato Mundial, disputado em Tóquio, no Japão. Ela ainda tem um ouro (no Rio, em 2013) e uma prata (em Paris, em 2011) no evento internacional.
Rafaela Silva será defendida pelo advogado Bichara Neto , que cuidou do caso do nadador Gabriel Santos, suspenso por um ano pela Federação Internacional de Natação (Fina) e que ficou fora do Pan e do Mundial.
Em quarto no ranking de sua categoria, a judoca luta pela classificação para os Jogos de Tóquio-2020.
O ano de 2019 tem sido de más notícias para os esporte brasileiro no assunto doping. O órgão responsável pelo controle antidoping da Associação Internacional das Federações de Atletismo (Iaaf) informou a suspensão de Andressa de Morais, prata no Pan de Lima no lançamento de disco, por uso de SARM-22. Ela é a sexta colocada no ranking mundial da prova.
O ponteiro Rodriguinho também testou positivo para uma substância proibida durante o Pan. Ela não foi revelada. De acordo com o jornalista Bruno Voloch, o atleta teria utilizado suplemento alimentar sem avisar a comissão técnica da Seleção Brasileira de vôlei. O atacante está suspenso provisoriamente.
Outros atletas de expressão caíram no antidoping este ano, como Bia Haddad Maia, melhor tenista do país no ranking da WTA, suspensa provisoriamente por uso de substâncias do tipo SARM (moduladores seletivos do receptor de androgênio, utilizados como alternativa a esteroides anabolizantes), além de Gabriel Santos, pilar da Seleção no revezamento 4x100m livre, suspenso por um ano por uso de clostebol.
Maria Clara Lobo, do nado artístico, cortada antes do início do Pan de Lima, e o ciclista Kacio Freitas, bronze na prova de velocidade por equipes no evento continental, também tiveram resultados analíticos adversos para furosemida e um tipo de SARM, respectivamente. Os atletas ainda serão julgados, e o país pode perder a medalha, conquistada ao lado de Flavio Cipriano e João Vitor da Silva. O ciclismo acumula diversos casos de doping nos últimos dois anos.
No final de 2018, Victória Marchesini, considerada umas das apostas do Brasil no pentatlo moderno, testou positivo para oxandrolona e GW 501516. Ela foi suspensa provisoriamente.