As mulheres no boxe já são uma realidade no Brasil. E isso inclui a jovem Maria Clara Gerazo
, de apenas 14 anos de idade, que deixou para trás a carreira de bailarina para se arriscar na modalidade de combate.
A trajetória de atividades físicas dela é inusitada. Motivada por um pai atleta e uma família ciente dos benefícios do esporte, Maria Clara iniciou sua carreira de esportista aos cinco anos e optou pelo tênis, modalidade amplamente difundida no Esporte Clube Pinheiros.
Depois do tênis, veio a ginástica artística, do medalhista olímpico pinheirense Arthur Nory. Duas curtas passagens que não entusiasmaram a pequena Clara. A atividade que mais a cativou na infância foi o balé. Foram seis anos de intensa dedicação antes da chegada à Escola de Boxe, há dois anos.
"Não consegui me achar no tênis nem na ginástica artística. O balé me motivou um pouco mais, cheguei até a sapatilha de ponta, um dos últimos estágios da fase de preparação, mas era muito sacrifício para uma atividade que eu não gostava tanto assim", recorda-se Clara.
O que contribui para a jovem frequentar a Escola de Boxe, pelo menos três vezes por semana e treinar por no mínimo duas horas, é a presença de seus pais, Fernando, que foi nadador do clube, e Silvia. O trio calça as luvas e parte para os golpes sob orientação do técnico e coordenador de boxe do Pinheiros, Messias Gomes.