Moa Hjelmer, hoje com 27 anos, divulgou o caso no Instagram e contou que o agressor, anos mais velho, aproveitou que ela havia bebido após uma vitória
Mais um caso triste e revoltante no esporte. A sueca campeã europeia dos 400m em 2012, Moa Hjelmer, revelou, nesta quinta-feira, que foi estuprada por um colega da seleção de atletismo da Suécia, em 2011. Ela utilizou sua conta no Instagram para divulgar o caso e usou a hashtag #metoo, que tem encorajado mulheres a denunciarem seus agressores nas últimas semanas.
Leia também: Ex-médico da seleção dos EUA confessa abusos sexuais de ginastas
De acordo com a atleta de 27 anos, o estupro aconteceu logo após uma vitória de sua seleção sobre a Finlância. O colega de equipe, que não teve o nome revelado, teria se aproveitado da embriaguez da companheira de equipe para cometer o crime.
"Todos estavam felizes, com o humor nas alturas, e celebramos com um banquete e depois na boate. Bebi um pouco de álcool, e um colega se ofereceu para ir comigo de volta para o hotel. Nós terminamos em seu quarto, ele disse para eu sentar ao seu lado na cama. Eu disse que ia para a minha. Ele afirmou que eu podia dormir ali com ele. Ele era significantemente mais velho do que eu e casado, eu me senti confiante e achei que podia confiar nele", publicou Hjelmer.
Leia também: Aly Raisman, campeã olímpica no Rio, denuncia médico por abuso sexual
"Eu tinha namorado, então disse não. Ele me toca e insiste. Não digo mais nada. Ele tira minhas roupas. Eu congelo, não consigo me mover. Não digo mais nada. Ele me viola. Quando acabou, levantei minhas coisas e fui embora. Estava com vergonha. O que fiz de errado? Eu sempre fui forte e confiante e sabia que não era culpa minha, apesar de ter demorado seis anos antes de eu me atrever a contar", acrescentou a atleta.
Tempo para denúncia
Leia também: Campeã olímpica McKayla Maroney diz que foi abusada por médico aos 13 anos
Na publicação, a atleta sueca não chega a dizer se denunciou o agressor formalmente ou se apresentou alguma queixa crime. De acordo com a legislação da Suécia, o prazo para prescrição em casos de estupro é de dez anos.