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Primeiro medalhista olímpico da Namíbia, Frank Fredericks tinha longa carreira na Federação Internacional de Atletismo mas foi afastado

Frank Fredericks é membro do conselho da Iaaf e também do COI
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Frank Fredericks é membro do conselho da Iaaf e também do COI

A Federação Internacional de Atletismo (Iaaf, na sigla em inglês) afastou nesta última segunda-feira (17) um dos dirigentes da entidade sob suspeita de ter recebido 300 mil dólares (cerca de R$ 950 mil) em suborno. Frank Fredericks recebeu a alta quantia de dinheiro em um depósito em 2 de outubro de 2009, data na qual o Rio de Janeiro foi anunciado como futura sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

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Além de membro do Conselho, o dirigente também faz parte do Comitê Olímpico Internacional (COI) e continuará suspenso enquanto as investigações estiverem acontecendo. O ex-velocista da Namíbia é dono de quatro medalhas olímpicas, sendo todas de prata, duas em Barcelona 1992 (100m e 200m) e as outras em Atlanta 1996 (100m e 200m). Fredericks foi o primeiro atleta de seu país a conquistar uma medalha olímpica. O ex-atleta tem uma longa carreira na Iaaf e fazia parte da escolha das sedes das Olimpíadas também para 2024.

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Investigações

As primeiras investigações surgiram depois de uma denúncia do jornal francês "Le Monde", ainda em março deste ano. Aos 49 anos de idade, Frank Fredericks se afastou da comissão, mas sempre alegou ser inocente.

Lamine Diack está em prisão domiciliar e foi banido dos esportes devido acusações de corrupção e lavagem de dinheiro
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Lamine Diack está em prisão domiciliar e foi banido dos esportes devido acusações de corrupção e lavagem de dinheiro

O Ministério Público da França afirma ainda que o cartola recebeu o dinheiro de empresários ligados à campanha do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos em 2016. Além disso, autoridades francesas alegam que a distribuição tem a ver com a empresa de marketing de Papa Diack, filho do ex-presidente da Federação, o senegalês Lamine Diack.

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Atualmente, o ex-líder da Iaaf, que tem 84 anos de idade, está em prisão domiciliar na França por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro com a entidade. Já seu filho Papa, está no Senegal e não deixa sua terra-natal por ser alvo de um pedido de prisão da Interpol.