Familiares e amigos de Rebecca Cheptegei se reúnem em homenagem à atleta
Brian ONGORO/ AFP
Familiares e amigos de Rebecca Cheptegei se reúnem em homenagem à atleta

Aconteceu neste sábado (14), em Bukwo, Uganda, o funeral de Rebecca Cheptegei, maratonista de Uganda,  que morreu após ter o corpo queimado pelo ex-namorado.

Além de familiares, ativistas que lutam pelos direitos das mulheres estiveram presentes. O caso aconteceu na cidade de Eldoret, no Vale do Rift, onde residia.

Rebecca, de 33 anos, foi atacada por seu ex-companheiro, chamado Dickson Ndiema. Os vizinhos socorreram a maratonista, que estava em casa com suas duas filhas. Ela foi levada a um hospital da cidade de Trans-Nzoia County, cidade do Quênia que faz fronteira com a Uganda, com 75% do corpo queimado. Apesar da luta, a atleta não resistiu. 

O caso gerou indignação no mundo do esporte, com diversos dirigentes do atletismo e ativistas dos direitos das mulheres condenando o assassinato e cobrando uma punição severa contra Dickson Ndiema.

Segundo informações da agência Reuters, Dickson Ndiema, ex-namorado da atleta, havia sido internado num hospital queniano por conta das queimaduras que sofreu durante o ataque que matou Rebecca.  Ele também faleceu dias depois.

O presidente do Comitê Olímpico de Uganda, Donald Rukare, denunciou em uma mensagem na rede X "um ato covarde e sem sentido que provocou a perda de uma grande atleta". “Condenamos de modo veemente a violência contra as mulheres", afirmou.

Já a Confederação de Atletismo do Quênia, a 'Athletics Kenya', afirmou que "a morte prematura e trágica é uma perda profunda" e exigiu "o fim da violência de gênero".

Campeã de diversos torneios na Uganda, a maratonista foi bronze nos Jogos Militares do Rio de Janeiro, em 2011. Nas Olimpíadas de Paris, realizadas entre julho e agosto deste ano, a atleta terminou na 44ª posição. 


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