O julgamento de membros da equipe de emergência que fotografaram os corpos do ex-jogador da NBA, Kobe Bryant, e da filha de 13 anos, Gianna, no dia do acidente de helicóptero que vitimou mais sete pessoas, chegou a sua etapa final.
A queixa apresentada em setembro de 2020, pela viúva Vanessa Bryant, por negligência e invasão de privacidade, se deu depois que os socorristas e o xerife do condado tiraram e compartilharam fotos do acidente em locais irrelevantes para a investigação, incluindo um bar de Norwalk.
Agora, dias antes de uma definição, o capitão do Departamento do Xerife do Condado de Los Angeles, Jorge Valdez, pediu desculpas a Vanessa Bryant.
Do banco das testemunhas, Valdez se desculpou por não ter notificado a viúva de que as autoridades haviam tirado fotos impróprias da cena.
Diante do pedido de desculpas, os advogados de defesa questionaram as verdadeiras intenções do funcionário: "Você está se desculpando dias antes que este júri decida o caso", afirmou Jerry Jackson, lembrando que isso não tinha ocorrido até agora.
Vale lembrar que no início do julgamento, Vanessa Bryant não conseguiu segurar as lágrimas, após seu advogado falar no tribunal sobre a "cultura de insensibilidade" , que levou os primeiros agentes a chegarem ao local do acidente a fotografarem os corpos com os seus celulares.
"As imagens foram compartilhadas repetidamente com pessoas que não tinham razão absolutamente nenhuma para receberem as fotografias. Tiraram as fotos como se fossem lembranças", explicou Luir Li, que descreveu as imagens: "Corpos destroçados, primeiros planos de extremidades e carne queimada".
Luis Li explicou ainda que a mulher de um dos detetives que estiveram no local viu as fotos e descreveu-as como "montes de carne".
Por sua vez, o advogado que representa o Condado de Los Angeles, J. Mira Hashmall, justificou que as fotografias foram uma ferramenta fundamental para que as equipes de emergência partilhassem a informação, na tentativa de salvar vidas.