Teve início oficialmente nos EUA o julgamento de membros da equipe de emergência que fotografaram os corpos do ex-jogador da NBA, Kobe Bryant, a filha de 13 anos, Gianna, além de mais sete pessoas, no dia do acidente de helicóptero que vitimou todos os tripulantes .
Com a presença de Vanessa Bryant, que não conseguiu aguentar as lágrimas no tribunal, Luir Li, advogado da mulher do antigo jogador dos Lakers, falecido em janeiro de 2020, falou no tribunal sobre a "cultura de insensibilidade", que levou os primeiros agentes a chegarem ao local do acidente a fotografarem os corpos com os seus celulares.
"As imagens foram compartilhadas repetidamente com pessoas que não tinham razão absolutamente nenhuma para receberem as fotografias. Tiraram as fotos como se fossem lembranças", explicou o advogado, que descreveu as imagens: "Corpos destroçados, primeiros planos de extremidades e carne queimada".
Luis Li explicou ainda que a mulher de um dos detetives que estiveram local viu as fotos e descreveu-as como "montes de carne".
Por sua vez, o advogado que representa o Condado de Los Angeles, J. Mira Hashmall, justificou que as fotografias foram uma ferramenta fundamental para que as equipes de emergência partilhassem a informação, na tentativa de salvar vidas.
Mas, Luis Li argumentou que não foi assim e explicou que Vanessa Bryant tomou conhecimento da existência das imagens um mês depois da morte do marido e da filha, o que naturalmente agravou o seu sofrimento.
Entre os pedidos feitos pelo advogado de defesa de Vanessa está que todas as cópias sejam localizadas e destruídas, de modo que a viúva de Kobe Bryant e as filhas nunca as possam ver.