Medina
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A polêmica envolvendo a entrada do não vacinado Novak Djokovic  na Austrália para a disputa do Australian Open acabou respingando no mundo do surfe.

Considerado o maior nome do esporte, o americano Kelly Slater, 11 vezes campeão mundial e conhecido por ser vocalmente contra a vacina da Covid, saiu em defesa do tenista sérvio quando este ainda estava recluso em um hotel, em Melbourne, reclamando da "celebração da segregação feita pelos virtuosos vacinados" e da "lavagem cerebral".

Faltando pouco mais de duas semanas para o início do circuito mundial de surfe, O GLOBO consultou os dez brasileiros que competirão nesta temporada - nove no masculino e Tatiana Weston-Webb no feminino -, e todos disseram estar vacinados, incluindo Gabriel Medina.

No ano passado, o tricampeão mundial foi vítima de críticas ao revelar que não havia tomado a vacina e que não teria como competir na etapa do Taiti - que pedia o passaporte vacinal e acabou posteriormente cancelada devido a um surto de Covid na ilha .

A World Surf League (WSL), que administra o circuito mundial, não divulga o status vacinal dos atletas, mas informou, em resposta ao GLOBO, que a maioria já está imunizada:

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"Estamos em contato próximo com os atletas para ter certeza de que estão saudáveis. As informações médicas pessoais são privadas, mas a ampla maioria dos atletas e staff da WSL está vacinada".

A entidade não exige passaporte vacinal para a disputa do circuito, mas enfatizou que encoraja todos os atletas a se vacinarem: "Avisamos que pessoas não vacinadas podem enfrentar muitos desafios viajando pelo mundo e serem proibidas de entrarem em alguns países".

Perto de completar 50 anos, Kelly Slater deve encontrar dificuldades para competir no que pode ser sua última temporada no circuito mundial de surfe. O americano já se manifestou diversas vezes contra a vacina da Covid nas redes sociais.

No ano passado, se envolveu em um bate-boca virtual ao descrever a Covid como uma "doença dos obesos, idosos e não saudáveis". O americano acrescentou ter certeza de que sabia mais sobre ser saudável do que 99% dos médicos.

Como resposta, o australiano Adrian Buchan, integrante até ano passado do circuito mundial de surfe, disse que não ouviria médicos sobre qual prancha usar para surfar ondas grandes em Pipeline e, portanto, não escutaria surfistas quando precisasse de orientação médica.

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