Embora o Comite Olímpico Internacional não admita publicamente, o cancelamento é o destino dos Jogos de Tóquio . É o que diz o jornal britânico The Times. De acordo com a publicação, a pandemia de coronavírus tornou a realização do evento inviável. E já se trabalha numa forma de contornar a situação. Uma das possibilidades estudadas seria, juntamente ao anúncio, comunicar que a capital japonesa receberá a edição de 2032.
- Ninguém quer ser o primeiro a dizer isso, mas o consenso é que é muito difícil. Pessoalmente, não acho que vá ocorrer - afirmou um alto membro da coalização do governo ao The Times.
A conclusão foi tomada de forma privada e ainda não foi tornada pública ainda porque os japoneses buscam uma forma de deixar aberta a possibilidade de Tóquio receber o evento no futuro. De acordo com a fonte, o consenso é de que a realização dos Jogos "está condenada".
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A escolha por 2032 se deve ao fato de ser a primeira edição ainda sem uma sede definida. Os Jogos de 2024 serão realizados em Paris, na França. Já os de 2028 estão agendados para Los Angeles, nos Estados Unidos.
O discurso que vem do Comitê Olímpico Internacional, contudo, é outro. Ao menos publicamente. Em entrevista à agência de notícias japonesa Kyodo, nesta quinta, o presidente do órgão Thomas Bach afirmou não haver motivos para acreditar que a Olimpíada não começará no dia 23 de julho. Ele destacou que não há plano B neste momento.
- Não temos nenhuma razão neste momento para acreditar que as Olimpíadas de Tóquio não serão inauguradas em 23 de julho no Estádio Olímpico de Tóquio - disse Bach. - É por isso que não existe um plano B e é por isso que estamos totalmente comprometidos em tornar os Jogos seguros e bem-sucedidos.
À mesma agência de notícias, o ex-vice-presidente do COI , Dick Pound, foi menos enfático. Mas também confirmou a realização dos Jogos. Ele indicou a possibilidade de as competições serem disputadas sem a presença de público. Ou seja: um evento voltado exclusivamente para as transmissões televisivas.