Existem diversas definições sobre o que é ser mãe: carinho, amor, dedicação, respeito, entrega, dedicação, entre outros. Apesar dos múltiplos adjetivos, uma coisa é certa, não é uma tarefa fácil. Agora, você já imaginou ser mãe atleta?

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Ser mãe atleta é ir além das atribuições como mãe e dedicar-se aos treinos e competições. Manter o alto nível após a maternidade só reforça o quanto uma mulher pode ser forte.

E para comemorar o Dia das Mães , o IG Esporte resolveu fazer uma lista das atletas que tiveram filhos e retornaram em alto nível ao esporte. Confira abaixo:

Maurren Maggi

Maurren Maggi é mãe de Sofia
Arquivo pessoal
Maurren Maggi é mãe de Sofia

Campeã olímpica no salto em distância em 2008, a paulista Maureen Maggi é mãe de Sophia Pizzonia, de 14 anos, e tem uma história curiosa de maternidade. Quando engravidou, Maureen estava afastada do atletismo e conseguiu se dedicar à filha.

“Tinha 24 horas para ela, voltei ao esporte exatamente um ano e um mês após dar a luz. [Sobre a amamentação] Ela parou de mamar com 12 meses”, conta a ex-atleta.

Jaqueline Carvalho

Jaqueline e seu filho, Arthur
Reprodução/Facebook
Jaqueline e seu filho, Arthur

Outra campeã olímpica que manteve seu alto nível depois da maternidade foi Jaqueline, jogadora de vôlei da seleção brasileira. Após dar a luz em 2013 a seu filho Arthur, fruto de seu relacionamento com o também jogador de vôlei Murilo Endres, a ponteira retornou às quadras em poucos meses.

Desde então conquistou o décimo título do Grand Prix e a medalha de bronze no Mundial da Itália com a seleção brasileira. No Brasil ela defendeu o Sesi-SP, o Minas e o Hinode Barueri. No momento Jaqueline tem se dedicado aos treinos na areia e em começar uma nova carreira: ser estilista de moda.

Juliana Veloso

Juliana Veloso é uma das mães atletas do Brasil
Reprodução
Juliana Veloso é uma das mães atletas do Brasil

Atleta do salto ornamental, a carioca Juliana Veloso é mãe de dois meninos: Pedro e Tiago. Após ter seus pequenos, Juliana competiu nos Jogos Olímpicos Rio 2016, ficando em oitavo lugar na classificação do trampolim sincronizado. No individual, ela terminou a Olimpíada na 27ª colocação. Aos 38 anos, ela ainda compete pelo Fluminense.

Jaqueline Mourão

Jaqueline Mourão e sua família. O marido Guido e os filhos Ian e Jade
Reprodução
Jaqueline Mourão e sua família. O marido Guido e os filhos Ian e Jade

A mineira Jaqueline Mourão é uma referência no mountain bike brasileiro. Mãe de Ian, de 08 anos, e Jade, de 04 anos, a atleta é a primeira mulher brasileira a se classificar para as Olimpíadas na modalidade e a primeira atleta brasileira a disputar os Jogos Olímpicos de Verão e de Inverno (biatlo).

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Aos 43 anos ela continua na ativa e tem o sonho de disputar a Olimpíada de Tóquio 2020 no mountain bike.

Kim Clijsters

Kim é mãe de dois e ex-número 01 do tênis feminino no simples e nas duplas
Reprodução
Kim é mãe de dois e ex-número 01 do tênis feminino no simples e nas duplas

Ex-número 01 do mundo no ranking de simples e duplas do tênis (simultaneamente), a belga Kim Antonie Lode Clijsters deu a luz a Jack e Jada enquanto ainda estava competindo.

Após o nascimento de sua caçula Jada, em 2008, ela retornou às quadras e foi bicampeã do US Open (2009 e 2010), do WTA de Doha em 2010 e do Australian Open em 2011, todos os títulos no simples.

Serena Williams

Serena Williams com a filha Alexis Olympia
Reprodução/ Instagram
Serena Williams com a filha Alexis Olympia

Multicampeã no tênis, a americana Serena Williams deu a luz a sua filha Alexis Olympia em 2017 e trouxe a tona uma questão importante sobre a maternidade.

A atleta de 37 anos teve complicações no parto e ao retornar às quadras precisou utilizar um macacão especial que ajudava na circulação sanguínea. A vestimenta não agradou a comunidade do tênis e causou polêmica.

Você pode se perguntar “O tipo de parto influencia no retorno da atleta ao esporte”, o médico da seleção brasileira de futebol, Dr. Nemi Sabeh Jr. confirma que sim.

“Sim [influencia]. No parto natural não se precisa abrir a musculatura do abdômen e devido a este motivo podemos liberar exercícios leves, de fortalecimento isométrico e mobilidade articular em 30 dias aproximadamente. Para cesariana temos a abertura da musculatura no abdômen, que leva em torno 45 dias para cicatrização. Depois disso  restruturação leva mais duas semanas”, comentou o médico em entrevista ao IG.

No caso de Serena não foi anunciado qual tipo de parto ela teve, mas os cuidados com o pós-maternidade foram essenciais para que ela chegasse até a final do US Open de 2018.

Cuidados importantes para a mãe atleta

O Dr. Nemi Sabeh também comentou durante a entrevista ao portal os cuidados que uma atleta de fim de semana precisa ter em sua gravidez.

“É importante orientar que o feto precisa de energia para crescer. Por este motivo, os exercícios extenuantes e de alta intensidade devem ser reorganizados em exercícios de fortalecimento e de resistência aeróbica”, comentou.

Foi seguindo esses conselhos e retornando aos exercícios dois anos após o nascimento de seu filho que a engenheira Janaína Baifus, de 32 anos, conseguiu perder quase 10 kg em três meses.

“Tinha que trabalhar, cuidar do bebe, do marido, da casa. Na lista de prioridades, eu acabei ficando por último. Cheguei em um peso que nunca tinha chegado antes da gravidez”, conta Janaína.

Com ajuda do aplicativo Freeletics e de uma nutricionista ela saiu dos 75 kg para os 63 kg. “Quando atingi o objetivo, passei a acreditar mais em mim mesma. Percebi que consigo fazer o que eu quiser, basta dedicação”, finalizou.

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A dica para as mães atletas de alto rendimento é a seguinte. “Quem pratica exercícios de alta intensidade e têm condicionamento adequado para tal, precisa de suprimento alimentar para aumentar essa energia e realizar exercícios de tempos curtos de execução. Ao decorrer da gestação, a energia consumida é grande e os exercícios intensos são deixados de lado”, lembra o Dr. Sabeh.

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