De origem latina, a palavra tradição significa "passar adiante" e nada mais é do que a transmissão de costumes, memórias e comportamentos ao longo do tempo. No esporte, as tradições não são diferentes.
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Por isso, a equipe do iG Esporte separou as histórias mais curiosas de tradições esportivas ao redor do mundo, nas mais diversas modalidades. Confira na lista a seguir.
Raspar os novatos
A estreia no esporte profissional é para muitos, o sonho cumprido de um atleta. E muitas vezes, para comemorar o início da carreira, os novatos têm os cabelos raspados. Esta prática, embora não seja comum aqui no Brasil, é bastante utilizada em equipes de futebol e rugby da América Latina e alguns países europeus. Aqui, este tipo de trote é frequentemente realizado em homens que passam na faculdade.
A antiga tradição tem suas origens nas forças armadas, onde os recém-chegados eram submetidos a um corte de cabelo que dá luz para o couro cabeludo.
Branco em Wimbledon
O Grand Slam britânico é o torneio de tênis mais antigo do mundo e, desde o início, os participantes devem usar roupas brancas, incluindo o calçado. As exigências dos trajes totalmente brancos já incomodaram dezenas de jogadores, mas a regra é rigorosa e até mesmo os árbitros e pegadores de bolas devem usar a cor.
O motivo da cor branca se dá por conta do suor. Por ser um esporte antigamente relacionado à elite e a transpiração ser inevitável, o suor fica mais disfarçado em roupas brancas.
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Banho de champagne
Nos esportes de corrida, àquele que cruza a linha de chegada em primeiro lugar normalmente recebe uma chuva de champagne no pódio. No entanto, o que agora é uma tradição, aconteceu pela primeira vez por acaso.
Em 1996, o suíço Joseph Siffert venceu o 24 Horas de Le Mans e recebeu no pódio uma garrafa de champagne. Provavelmente por estar superaquecida, a tampa da garrafa explodiu e causou um banho de bebida no público presente.
No ano seguinte, Dan Gurney venceu a competição, lembrou do episódio anterior e fez o mesmo, propositalmente. A partir daí, a comemoração tornou-se popular dentro do automobilismo.
Cortar a rede
Além de erguer um troféu, muitas vezes, os campeões de uma competição de basquete tem por costume, levar uma das redes dos aros. A tradição é ainda mais comum no basquete universitário, já que é de lá sua origem.
No ano de 1941, o treinador Everett Caso atingiu um recorde de 726 vitórias e 75 derrotas e pela vitória, levou de lembrança, as redes da cesta do estádio onde se consagrou campeão com a equipe da Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.
Jaqueta verde
O casaco verde está diretamente relacionado ao Masters de Augusta, um dos torneios mais elitistas do golfe mundial. A vestimenta surgiu em 1937, três anos após a primeira edição do evento, usada para identificar os membros do Clube Nacional de Golfe de Augusta, na Geórgia (EUA).
A jaqueta verde é presenteada ao campeão, que utiliza a peça por um ano e depois retorna ao clube, onde fica armazenada juntamente às outras vestimentas de campeões.
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Beber leite
Nas 500 milhas de Indianápolis da Fórmula Indy, o tricampeão Louis Meyer tinha o costume de beber leite para se refrescar e quando subiu ao pódio em 1936, fez o mesmo. A partir daí, todos os outros campeões seguiram o norte-americano.
Em 1993, Emerson Fittipaldi quebrou uma das tradições mais importantes da Indy. Campeão no evento, o brasileiro comemorou com uma garrafa de suco de laranja ao invés de leite.