Priscila Cachoeira, lutadora brasileira de MMA
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Priscila Cachoeira, lutadora brasileira de MMA

Priscila Cachoeira é um exemplo de superação. Em 3 fevereiro de 2018 ela vai subir no octógono do UFC pela primeira vez. A lutadora brasileira vai enfrentar a veterana Valentina Shevchenko na categoria Peso-mosca, mas esta não será sua primeira grande luta da vida.

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Para chegar ao maior evento mundial de MMA, a lutadora do Rio de Janeiro precisou superar diversos obstáculos. Além de abuso sexual sofrido pelo próprio cunhado, a traição de um namorado e maltratos do pai, ela ainda conseguiu vencer o vício pelo crack. Foram pelo menos três anos envolvida com o mundo das drogas.

"Eu fui maltratada pelo meu pai, que disse que eu não era filha dele. Ele fez coisas para me machucar e ainda assim eu tinha ele como ídolo. Eu joguei vôlei pelo Fluminense e fui traída. Fui retirada do time. No meio disso, eu ainda fui abusada pelo meu cunhado e flagrei meu namorado me traindo", contou Priscila Cachoeira, que também conhecida como " Pedrita ", ao site do MMA Fighting

"Depois disso, eu comecei a ir para festas todos os dias e encontrei pessoas que usavam drogas. Minha vida mudou. Deixei os estudos e o esporte de lado e comecei a dormir de dia e festejar à noite. Comecei a usar loló, maconha, cocaína e crack", completou.

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Mundo das drogas

"Eu passei mais de três anos usando crack. Meus bíceps eram do tamanho do meu pulso. O crack quase me matou. Eu queria parar, sabia que estava me matando, mas eu não conseguia parar. Meu corpo pedia", relembrou a atleta.

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Priscila "Pedrita" Cachoeira

Mas a principal ajuda para deixar as drogas veio com a mãe de Priscila. Dona Rosimeri foi a responsável em tirar a filha daquela situação. "Eu estava usando crack por três dias seguidos, meu dinheiro tinha acabado e as pessoas já estavam me financiando. No terceiro dia, eu não queria mais usar, meu corpo não aguentava mais, mas não tinha forças para ficar de pé e sair. Estava vendo tudo embaçado, estava desorientada e queria sair. Quando olhei para porta, vi uma luz e vi minha mãe vindo em minha direção. Os outros usuários saíram com medo do que aconteceria. Mas ela veio e disse: 'vamos para casa'. Todo mundo começou me aplaudir e dizer que queria ter uma mãe daquelas".

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"As drogas estavam saindo de mim pelo meu suor. Tive recaídas e até usei drogas de novo, admito, mas minha vontade era maior. Quando percebi que tinha talento para lutar, decidi fazer algo para mim. Há dois anos, decidi que eu seria lutadora em três anos. Meu irmão riu de mim, disse que eu não sabia nem socar. E agora, dois anos depois, estou aqui", finalizou "Pedrita".


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