A britânica Nicola Adams e a norte-americana Marlen Esparza hoje formam um casal, mas elas já diviram o pódio do Peso Mosca durante os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Na ocasião, elas não se conheciam e Nicola ficou no topo do pódio, enquanto Marlen foi a terceira colocada.
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E o relacionamento começou por acaso. "Nos conheciamos há cinco ou seis anos, mas nunca tínhamos nos falado", afirmou Nicola Adams, a primeira LGBT assumida a ser medalhista de ouro. "Nós éramos rivais, mas nunca tínhamos lutado. Cerca de um ano atrás, estávamos no mesmo campo de treino e começamos a nos falar. Hoje somos um casal ".
No mesmo ano, a boxeadora medalhista de ouro em Londres foi considerada pelo jornal "The Independent" a pessoa LGBT mais influente da Grã-Bretanha. E antes de ser questionada, ela já afirma que jamais enfrentará a companheira dentro do ringue. "Nós nunca lutaremos", confirmou Nicola.
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"É a parceria perfeita", disse. "Quando você é boxeador, você sabe as razões porque deve ser egoísta. Mas antes na minha vida, havia sempre alguem me questionando o porque eu estava ignorando, porque eu estava tão quieta, porque eu nao saia para jantar... Quando você está tentando bater peso, você entende tudo. Entende que quando você termina de treinar, você está cansada e não quer falar. Entende o que você está passando".
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Boxe
Hoje, aos 34 anos, Nicola Adams é bicampeã olímpica (Londres 2012 e Rio 2016) e tenta inspirar outros jovens no esporte. "Se eu puder, quero inspirar a próxima geração de boxeadores. Quando eu comecei, eu era a única garota no ginásio e muita gente me ajudou. As pessoas que ainda têm medo de mostrar quem realmente são devem saber que se você é bom em um esporte, sua sexualidade não vem ao caso. Se você está ganhando medalhas de ouro, você não deveria se preocupar com sua sexualidade, com quem você forma um casal. Isso não é importante. São os vencedores que queremos, isso sim é importante".