
Nesta quarta-feira, dia 10, o Flamengo entra em campo para disputar o Mundial (ok, o nome é Intercontinental, mas aqui é minha licença poética clubística) no Catar.
A fórmula mudou e agora os times sul-americanos são obrigados a passar por dois desafios até chegar à final, onde o clube europeu aguarda tranquilamente.
Em todas as edições, independentemente de quais eram os envolvidos na final, os times do Velho Continente sempre são favoritos por uma boa margem e dessa vez não será diferente.
A bola da vez é o PSG, que disputa o torneio pela primeira vez porque nunca havia conquistado a Champions League até a temporada 24/25.
Como qualquer clube rico na Europa, os franceses têm no time titular inúmeros jogadores que também fazem parte do 11 inicial em suas respectivas seleções. Ou seja, é um adversário encardido e dificílimo de ser batido.
Mas, no fim do dia, futebol são 11 pessoas de cada lado e tudo pode acontecer, como São Paulo, Inter e Corinthians mostraram entre 2005 e 2012 - este, aliás, o último ano em que um brasileiro venceu o europeu na final do Mundial.
Em todo caso, o Flamengo tem boas razões para acreditar na vitória e na conquista do título, que não vence desde 1981 (quando botou os ingleses na roda).
O Super Mundial mostrou um caminho
O Flamengo venceu o Chelsea jogando bem. O Botafogo venceu o PSG (com uma fórmula que o Flamengo não costuma e não deve adotar) sem sofrer muito. E o Chelsea humilhou o PSG. Cada jogo é um jogo, mas mostra que temos capacidade e potencial para encarar o desafio e vencê-lo.
A derrota para o Bayern também pode servir de aprendizado. Ali, o Flamengo errou demais, entrou menos concentrado do que deveria e a diferença se impôs.
Os franceses são, atualmente, um time da primeira prateleira europeia, como os alemães, mas a Copa do Mundo de Clubes mostrou caminhos que Filipe e jogadores podem explorar.
Os adversários para chegar à final
Na primeira partida vamos encarar os mexicanos do Cruz Azul. Um time duro, mas sem nenhuma grande estrela no elenco e que acabou de ser eliminado nas semifinais do campeonato local.
Enquanto o Flamengo chegava ao Catar sem jogos desde o dia 4 de dezembro, eles ainda fizeram uma partida no dia 7 antes de encarar a longa viagem até o local do confronto. Em termos físicos, o Fla chega melhor para o jogo.
Vencendo, o desafio será o Pyramids, do Egito. Assim como o Cruz Azul, não tem nenhuma estrela mundial no elenco, majoritariamente formado por jogadores egípcios, e que não costumam ser convocados para a seleção.
Não são favas contadas, mas obviamente o Flamengo tem mais qualidade e vai ser favorito nos dois jogos. Basta entrar com seriedade.
O PSG não terá semana tranquila
Os franceses vão jogar nos mesmos dias que o Flamengo. Nesta quarta jogam fora de casa pela Champions League e, no sábado, dia da semifinal do Mundial, entrarão em campo pelo Campeonato Francês e precisando vencer, pois não estão na liderança.
Claro que o Mengão chega em final de temporada e mais desgastado fisicamente, mas dois jogos em sequência e a viagem pro Catar apenas às vésperas da final podem reduzir essa diferença.
A fase do Flamengo
Já falamos disso durante o ano. A equipe de Filipe Luis é sólida, tem organização, padrão de jogo e não vai abdicar de tentar impor seu ritmo. Vive grande fase, vem embalada pelos títulos e ainda pode ter os retornos de Pedro e Léo Ortiz.
É andar um passo de cada vez e acreditar. Vencer o Mundial 2025 é díficil, mas não impossível.
