
O dia de Carlo Ancelotti foi bastante agitado, nesta sexta-feira (5), em Washington, capital dos Estados Unidos. Iniciou no Kennedy Center, onde acompanhou o sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 2026, e descobriu que a Seleção irá enfrentar Marrocos, Escócia e Haiti na etapa inicial. Depois, foi direto para coletiva de imprensa para tirar mais dúvidas dos brasileiros. Para variar, o tema central da rodada de perguntas foi Neymar.
O craque ressurgiu das cinzas nos últimos dois desafios do Santos. Ele marcou quatro dois seis gols da equipe comandada por Vojvoda, nas vitórias de 3 a 0 sobre Sport e Juventude — respectivamente. O treinador italiano disse que precisa pensar no Brasil com e sem ele, e evitou garantir sua presença no Mundial. Mas deu a entender que é inevitável caso esteja bem.
"Eu entendo muito bem que estão muito interessados em Neymar, eu quero esclarecer que estamos em dezembro, a Copa é em junho, vou escolher a equipe que vai à Copa em maio. Se Neymar merecer estar, se estiver bem, melhor que outro, ele vai jogar a Copa do Mundo e ponto. Não tenho dívida com ninguém", disse Ancelotti.
Busca de outros protagonistas
Sem a presença do camisa 10 das últimas três Copas, a Amarelinha ainda busca um protagonista incontestável para a edição do torneio que estar por vir. Quem chegou mais próximo de assumir este papel, mesmo que ainda bem distante, foi Estevão. O ponta-direita do Chelsea, de apenas 18 anos, é o que vem se destacando mais — neste momento.
Questionado sobre a falta dessa peça, Ancelotti afirmou acreditar que existem algumas possibilidade dentre o material humano que tem em mãos para ser o dono do time. Por outro lado, revelou que essa não é a sua prioridade, e sim fazer um coletivo cada vez mais forte:
"Posso fazer uma lista, temos um dos melhores goleiros do mundo, alguns dos melhores zagueiros, meio-campistas top e alguns jogadores na frente. Eu disse que não quero jogadores que querem ser o melhor do mundo, quero jogadores que querem ganhar a Copa. O importante não é ter referentes, mas ter jogadores que querem ganhar."
Última etapa prévia crucial
Já ciente dos duelos que terá na fase de grupos da Copa do Mundo, o comandante da seleção sabe que a preparação — de cerca de seis meses — que tem pela frente é crucial. E o Brasil terá dois desafios ótimos para saber em que pé está para o grande objetivo: os amistosos contra França, no 28 de março, e contra a Croácia, três dias depois.
"Acho que é um bom teste, vamos jogar contra equipes de top nível mundial, de diferentes características, França tem qualidade individual extraordinária, Croácia tem uma equipe de muita experiência. Queremos saber onde estamos. É um termômetro obviamente. Pode ser positivo ou negativo. Vamos fazer uma avaliação depois dos jogos para saber os problemas que esses jogos podem criar", disse o treinador.
