Flamengo levanta a taça de campeão brasileiro
Adriano Fontes / Flamengo
Flamengo levanta a taça de campeão brasileiro

Todo título conquistado por um time escreve um pedaço da história. Dos jogadores, do técnico, do próprio clube, daquela competição. Mas alguns títulos vão além e, mais do que preencher páginas, eles voltam nas que já foram escritas para reencontrar parte do passado. 

O Flamengo voltou a levantar o Brasileirão depois de quatro anos. Dessa vez, não foi só o fim de um pequeno jejum, mas uma espécie de conversa com a própria história.

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Filipe Luís chegou ao Flamengo em 2019 para realizar um sonho antigo. Defender o clube que amou desde menino por influência do avô. Uma relação que começou desde cedo, mas que foi ter uma ligação direta anos mais tarde. Felizmente, com a possibilidade de ser duradoura.

Não tardou a conquistar títulos e virar ídolo. Se aposentou e, logo depois, começou sua carreira como treinador nas divisões de base.

Ali demonstrou ter potencial e estar preparado, levantando taças pelo sub-17 e sub-20. Em crise no profissional, o Flamengo não teve dúvidas, era hora de juntar passado e presente mais uma vez. 

Assim como tantos outros ex-jogadores que passaram pelo rubro-negro, o ex-lateral assumiu a equipe e venceu. Venceu. Venceu. Quase como uma homenagem ao hino. Já são cinco títulos conquistados em pouco mais de um ano. 

O fio invisível que une gerações o colocou ao lado de figuras como Zagallo, Carpegiani, Carlinhos, Andrade e Jayme de Almeida. Homens que saíram do campo para comandar o mesmo clube que moldou a vida deles e repetir o sucesso que tiveram nos gramados.

Com o Eneacampeonato (todos vencidos na bola, sem fax ou tribunal), o Flamengo reencontrou o Brasileirão e um pedaço da sua história, que segue sendo escrita no presente, mas sem nunca esquecer do passado. 

No futebol moderno, um time à moda antiga

Ao longo dos anos o futebol mudou. Se antigamente jogadores criavam raízes e permaneciam muitos anos nos mesmos clubes, agora é diferente. Em muitos casos, dois ou três anos são capazes de transformar plantéis inteiros. 

Mas com o poderio financeiro e a mentalidade vencedora dos últimos anos, o Flamengo também reencontrou a sua própria história dentro de campo, não apenas na beira do gramado.

Ao olhar para os anos 80, ninguém precisa fazer força para citar Zico, Andrade, Adílio, Leandro e tantos outros que viveram boa parte da carreira frequentando a Gávea.

No futuro, rubro-negros ainda nem nascidos vão olhar para os anos 20 do Século XXI e pensar em Arrascaeta, Bruno Henrique, Pedro, Léo Pereira, jogadores que atravessaram fases boas, ruins, renovações, dúvidas, reconstruções.

Num futebol cada vez mais apressado, manter ídolos virou exceção. O Flamengo, pela capacidade que tem, é verdade, escolheu preservar vínculos. E são esses vínculos que contam histórias.

Contam o que esse clube é, o que já foi, e o que quer continuar sendo.

O Brasileirão de 2025 é isso: um abraço entre presente e passado. Um lembrete de que o Flamengo é feito dos que chegam, mas também e principalmente, dos que ficam.

No fim, a temporada de 2025 é sobre celebrar quatro títulos..
Mas, acima disso, é celebrar um laço entre o clube e sua própria história.

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