As muitas camadas do tetra do Flamengo na Libertadores

Gol de Danilo garante outro título, mas campanha e final são marcadas muito mais pelo aspecto coletivo do que individual

Flamengo sagrou-se tetracampeão da Copa Libertadores
Foto: Foto: Adriano Fontes/Flamengo
Flamengo sagrou-se tetracampeão da Copa Libertadores

O Flamengo é tetracampeão da Libertadores. Se em 2018 alguém me falasse que sete temporadas depois seríamos o maior campeão da Glória Eterna, eu mandaria botar uma camisa de força. 

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Mas a realidade se impõe e o Mengão é, entre os brasileiros, o maior vencedor do torneio. Um título que poderia ser resumido à cabeçada de Danilo, mas que tem muitas camadas além do gol decisivo.

Vamos a cada uma delas. 

Filipe Luis

Pouco mais de um ano como treinador profissional. O suficiente para ganhar Libertadores, Copa do Brasil, Supercopa e Carioca, com o Brasileiro batendo à porta. 

O trabalho consistente não é perfeito, mas qual é? Contorna a inexperiência com muito estudo e aplicação. Já é um grande treinador. 

Na final, teve decisões difíceis a tomar. Quando todos esperavam a volta de Ortiz e a entrada de Cebolinha, veio com Danilo e Lino.

O atacante fez bom jogo. O zagueiro fez o gol do título. 

Danilo

Torcedor do clube desde pequeno, chegou para realizar um sonho. Fez mais do que isso. Realizou o dele e o de milhões de torcedores. 

Não fosse a lesão de Léo Ortiz, difícil imaginar que sequer jogasse a decisão. Mas foi titular na reta final da temporada. 

Em Lima, não fez exatamente um bom jogo. Foi batido em diversos confrontos diretos. Mas foi bem na bola defensiva aérea e na ofensiva, não precisamos falar nada, o gol fala por si só.

Agora, está marcado na história do clube ao lado de Zico e Gabigol como únicos a marcarem em finais de Libertadores. 

Rossi

Na final, praticamente não trabalhou. O Palmeiras recorreu a cruzamentos para ameaçar o Flamengo e foi pouco eficiente. 

Mas, para chegar na decisão, o goleiro foi peça fundamental. Entre críticas e elogios, fez defesas importantes, pegou pênaltis e botou o Flamengo na final. 

Varela

Uma espécie de patinho feio entre os titulares. Contra o Palmeiras, arrisco a dizer que foi o melhor em campo. Uma atuação para consolidar a titularidade absoluta. 

Cebolinha

Outro que convive com críticas e nunca se firmou. Mas cresceu na reta final e conseguiu ter certo destaque na conquista do Tetra. 

Na tentativa de abafa do Palmeiras, foi a válvula de escape que o Flamengo procurou desde o lance do gol.

Lino

Parece exagero, mas o atacante fez boa partida e justificou a escolha do treinador.

No primeiro tempo, foi peça importante não só na parte ofensiva, mas ao ajudar Alex Sandro no setor defensivo. Alan não se criou por ali. 

Arrascaeta

Falei no texto pré-jogo. Difícil imaginar um cenário em que o Flamengo fosse campeão sem a participação decisiva do melhor jogador do futebol brasileiro na temporada. 

Apesar do jogo abaixo do que vem fazendo em 2025, foi o camisa 10 quem deu mais uma assistência e botou a bola na cabeça de Danilo para o gol do título. 

Um já foi, falta o outro

Título sábado, festa domingo, seriedade e trabalho a partir de segunda. 

Depois do Tetra, hora de buscar o Enea. O Brasileirão está encaminhado, mas ainda não acabou, e não podemos dar mole. 

O Maracanã vai estar lotado, certeza que a festa será linda, mas há um jogo a ser jogado - e vencido. 

Para levantar mais uma taça e repetir o feito de 2019, ganhando Brasileirão e Libertadores no mesmo ano, basta uma simples vitória. 

É para curtir e festejar. Quarta é para ganhar. Para cima deles, Flamengo.