O técnico da seleção brasileira, Carlo Ancelotti , preferiu não dar eco às críticas que recebeu de Oswaldo de Oliveira e Leão durante evento na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) há uma semana. Segundo ele, em exclusiva ao diário As, da Espanha, a recepção dos brasileiros vem sido acolhedora. Ele também falou sobre a vida no Rio de Janeiro.
Na conversa, Ancelotti apresentou leveza e intimidade diferente das que vem tendo com a imprensa brasileira. O papo foi conduzido em espanhol, o que pode ter facilitado as coisas para o italiano.
O que Ancelotti disse
Um técnico estrangeiro na Seleção
“De verdade, aqui me receberam muito bem. Em geral, o brasileiro é muito acolhedor com o estrangeiro. Estou me sentindo muito bem e não posso ter qualquer queixa. Na CBF, mas também na rua, onde me dão muito carinho. Estou muito feliz de ver esse apoio. Gostam muito de mim, de verdade.”
Concentrado no Brasileirão
“Sim, tenho assistentes que seguem os que estão na Europa, mas eu me concentro mais na liga daqui, que está muito disputada. Estamos perto do final e Palmeiras e Flamengo estão brigando pelo título. Também vão disputar a final da Copa Libertadores. Há um nível muito bom. Desta liga há sete jogadores na convocação atual. É uma liga com muito nível competitivo.”
Brasileiros e a paixão pelo futebol
“A paixão dessa torcida é incrível. Os estádios estão sempre cheios e as pessoas muito entregadas aos seus clubes. E também com a seleção nacional. Sonham que o Brasil volte a lutar para ganhar títulos. O ambiente em torno da Seleção é forte, com muito carinho pela camisa. Isso vai nos ajudar no Mundial.”
Carinho mundial pela camisa da Seleção
“Não esqueça que o Brasil é uma equipe que sempre agradou ao mundo todo por sua proposta de futebol. Todos têm carinho por ela, pela história das grandes lendas que defenderam essa camisa. Se você é italiano ou espanhol, com certeza tem carinho pelo Brasil.”
A vida no Rio de Janeiro
“Aqui estou encantado.”
“Estou aproveitando muito. É um trabalho com mais pausa, mais de observação do que de intervenção. Vivo no Rio de Janeiro o maior tempo possível. Gosto muito da cidade. Agora não estou na engrenagem todos os dias como antes. Há momento para observar com tranquilidade. Jogadores, estrutura do futebol brasileiro, com um presidente da Confederação muito jovem, que quer mudar as coisas para melhorar. Tudo isso é bom.”