Após o primeiro dia de julgamento do caso Daniel Alves, a advogada de defesa da vítima, Esther García, falou com a imprensa presente no Tribunal de Barcelona, na Espanha.
Esther exaltou sua cliente pela coragem "de chegar até aqui” com o processo e revelou que um possível acordo com o jogador brasileiro não foi concretizado. O motivo teria sido as divergências com a pena que foi proposta por ambas as partes.
Veja galeria de fotos de Daniel Alves:
Segundo a imprensa espanhola, o acordo proposto pela defesa de Daniel Alves era de quatro anos de prisão, sendo um deles já cumprido, e uma indenização significativa. Além disso, o brasileiro teria que assumir a culpa pelo crime cometido como uma condição indispensável.
Em novembro do ano passado, a advogada da jovem que acusa Daniel Alves já havia recusado uma possível indenização e afirmou que "qualquer delito contra a liberdade sexual torna os danos morais e as sequelas irreparáveis", rejeitando a possibilidade de acordo.
Inclusive, Esther García enviou à Justiça Espanhola um pedido de 12 anos de prisão ao jogador, em caso de condenação, pena máxima para crimes de estupro no país. Já de acordo com o Ministério Público, no caso correspondente a um crime de “agressão sexual com penetração”, são imputados nove anos de prisão para Daniel Alves, além de uma indenização de 150 mil euros (cerca de R$ 804 mil) para a vítima.
Confira o que aconteceu no 1º dia do julgamento de Daniel Alves:
Nesta segunda-feira (5), ocorreu primeiro dia do julgamento de Daniel Alves, que é acusado de estupro por uma jovem de 23 anos. Esta primeira audiência foi marcada pelo depoimento de seis pessoas, incluindo a vítima.
Logo no início, a defesa de Daniel Alves sofreu um revés. A advogada que representa o jogador, Inés Guardiola, pediu que o julgamento fosse suspenso, mas a juíza responsável pelo caso negou. Em contrapartida, a advogada teve êxito ao solicitar que o jogador seja o último a depor. Portanto, o brasileiro só irá falar na quarta-feira (07), dia em que o julgamento se encerra.
Depoimento da vítima
A suposta vítima de Daniel Alves depôs a portas fechadas, para que sua identidade fosse preservada. Além disso, ela não teve contato visual com o jogador e sua voz também foi distorcida durante o depoimento. De acordo com informações de alguns veículos espanhóis, a jovem ratificou que foi vítima de agressão sexual por parte do atleta.
Outros depoimentos
Também falaram nesta segunda uma amiga e uma prima da vítima. Esta última, afirmou que sua familiar “não dorme, toma remédio, antidepressivos, não trabalha, apenas sai de casa quando queremos e insistimos muito”, disse em depoimento. “Choramos dia sim, dia não”, completou a prima da vítima.
Dois garçons e um porteiro que estavam na boate em que o estupro teria acontecido, em Barcelona, também deram seus testemunhos.
Joana Sanz irá depor nesta terça
O julgamento de Daniel Alves terá prosseguimento nesta terça-feira (6), quando estão previstos os depoimentos de mais 22 pessoas. Entre elas, estará Joana Sanz, esposa do atleta brasileiro. A audiência terá início às 11h (horário de Brasília).
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