A defesa de Daniel Alves resolveu endurecer a sua estratégia e vai tentar provar à Justiça uma suposta "narrativa destorcida" da jovem que afirma que o jogador a estuprou na noite de 30 de dezembro, em um banheiro da discoteca Sutton.
De acordo com o jornalista Jesús Albalat, do El Periódico, o advogado criminal de Daniel Alves, Cristóbal Martell, quer que a garota passe por um teste psicológico e que ele seja gravado.
"O juíza que investiga o caso ordenou ao Instituto de Medicina Legal que elaborasse um relatório pericial sobre os efeitos secundários que a suposta vítima possa estar sofrendo. Até aí, tudo normal. É habitual nestes casos. O que aconteceu? O advogado Cristóbal Martell apresentou um pedido para uma testemunha especializada participar do teste, ou seja, um profissional pago por Daniel Alves. Também quer que o teste psicológico seja gravado. Isto é completamente fora do comum num Tribunal de Justiça", apontou Albalat.
Ainda segundo ele, "a investigação está praticamente concluída", porém, a questão da gravação ainda está em discussão.
"O que falta é uma batalha legal sobre o teste psicológico que tem de ser realizada sobre a jovem mulher. O juiz aceitou o pedido da defesa para o perito forense participar no mesmo ato. A peritagem conjunta foi aceita, mas não que ela seja gravada. Cristóbal Martell apresentou então um recurso porque considera que este teste deve ser registado", acrescentou o jornalista.
A ideia da defesa, conforme o jornalista, é "lançar dúvidas sobre a veracidade das declarações da vítima e alegar uma narração distorcida dos fatos", questões que seriam fundamentais para a defesa do brasileiro, que continua apostando na relação consensual como seu principal plano judicial.
A suposta vítima está em tratamento desde o episódio na discoteca de Barcelona . Isto foi revelado pela sua própria advogada, Ester García López, que disse que a jovem de 23 anos, para além do seu próprio tratamento para evitar doenças infecciosas que recebeu no hospital, também toma ansiolíticos para a ajudar a dormir.
A defesa da menina, que teme que a sua identidade seja revelada, aponta que a intenção da defesa é minar a credibilidade da jovem.