A situação de Daniel Alves é gravíssima.
Preso desde o último dia 20 de janeiro , o jogador brasileiro tenta provar que não cometeu o suposto estupro alegado por uma jovem espanhola. Porém, nesse momento, até a ciência joga contra o ex-Barcelona, que a cada dia vê o caminho para a condenação mais pavimentado.
Diante das imagens de câmeras de segurança da boate; dos depoimentos de testemunhas; das impressões digitais encontradas no banheiro; e até do sêmen achado no corpo da vítima, restou à defesa de Daniel Alves apontar para uma relação consensual.
Para tentar comprovar esse álibi, o advogado de defesa, Cristóbal Martell, usou como argumento um relatório médico do Hospital Clínic, onde a jovem foi atendida logo após as supostas agressões sexuais .
Nele, os médico apontam que não foram identificadas lesões vaginais típicas de relações sexuais secas ou lesões compatíveis com sexo à força. Em outras palavras, a suposta vítima estaria lubrificada no momento do suposto ato.
Há, porém, uma explicação cientifica que desmontaria totalmente o álibi da defesa. Segundo um dos maiores especialistas do Reino Unido em fisiologia da sexualidade, Roy Levin, pode haver lubrificação ou orgasmos involuntários durante um estupro.
Em 2004, ele publicou um artigo de revisão bibliográfica justamente sobre o assunto. Nele, Levin mostra que, em muitos casos, apesar da violência, o corpo da mulher reage fisiologicamente como aconteceria em uma relação consensual.
Além disso, as mulheres que passam por essa situação atingem o orgasmo em até 5% dos casos, algo que pode ter ocorrido em relação a acusadora de Daniel Alves.
Preso a mais de um mês, Daniel Alves já teve recurso negado para responder o crime em liberdade . Apesar da defesa poder tentar novas solturas, a chance do jogador deixar a cadeia até o julgamento é mínima.