Em entrevista coletiva na noite de quinta-feira, o técnico Tite, da seleção brasileira, revelou que o elenco manifestou-se internamente em meio a insatisfação sobre a realização da Copa América no Brasil . Enquanto o técnico promete que os jogadores trarão a posição a público depois da partida contra o Paraguai, na próxima terça-feira, o jornal espanhol "As" noticia que já há uma decisão tomada: a de não disputar o torneio.
Segundo reportagem publicada pelo periódico nesta sexta-feira, o elenco da seleção acreditava que o torneio seria cancelado por conta do descontrole da pandemia na América do Sul. A reação, ao saber da troca de sede via imprensa, teria sido de "espanto e indignação".
"Os jogadores se sentiram traídos e usados pela diretoria da CBF, em especial o presidente Rogério Caboclo. Sentiram que estavam expostos a uma situação em que seriam vistos como insensíveis em meio a uma crise sanitária em seu país, com quase 500 mil mortos, para jogar uma competição que acreditam ser totalmente desnecessária. Seria a quarta Copa América nos últimos seis anos", escreve o "As".
Ainda segundo a publicação, os jogadores tentam coordenar um movimento com outras seleções do continente para posicionar-se contra a realização do torneio.
O "As" afirma, por falta de controle da "rebelião", Caboclo ameaçou de demissão o coordenador técnico Juninho Paulista. Assim como Tite, Juninho apoiaria o posicionamento dos jogadores. O periódico encerra dizendo que foi também o presidente da CBF quem proibiu a presença de Casemiro, capitão da seleção, na coletiva desta quinta-feira