O goleiro do Paris Saint-Germain, Keylor Navas, e o ex-jogador do Santos, Bryan Ruiz, são acusados de perder de maneira proposital jogos pela Seleção da Costa Rica em uma tentativa de demitir o então técnico Jorge Luis Pinto.
As acusações, que foram feitas pela primeira vez em 2018 e desde então desencadearam uma ação judicial dos jogadores na tentativa de limpar os seus nomes, detalha que Navas, Ruiz e um terceiro jogador da seleção, Celso Borges, tinham conhecimento de uma cláusula do contrato de Pinto que significava que ele perderia o emprego se a equipe perdesse três partidas consecutivas.
Foi alegado que os jogadores reclamaram de desentendimentos com Jorge Luis, conhecido por seu estilo rígido, e conspiraram para fazer com que ele fosse demitido após a impressionante campanha da Costa Rica na Copa do Mundo de 2014.
O ex-presidente da Federação Costarriquenha de Futebol, Eduardo Li, compareceu ao tribunal na segunda-feira (15) como testemunha de defesa, depois que Navas, Ruiz e Borges iniciaram um processo por difamação na tentativa de provar sua inocência.
O depoimento de Eduardo foi divulgado pela mídia local da Costa Rica, com o ex-presidente admitindo ao tribunal que Navas estava envolvido na história.
- Lembro-me que foi Keylor Navas que me disse: 'perdemos 3 jogos, tem uma cláusula dessa maneira'.
- Foi por essa questão que decidi não renovar com Pinto – disse.
Li também confirmou que a cláusula estipulava que três derrotas consecutivas para a equipe significavam que a direção poderia rescindir automaticamente o contrato do técnico.
O ex-goleiro do Real Madrid se defendeu
das acusações, afirmando que não planejou perder as partidas de propósito.
- É algo que não saiu da nossa boca e nem vai acontecer, porque somos futebolistas profissionais há muitos anos, onde conquistamos honra e prestígio - explicou Navas.