A Procuradoria da Argentina confirmou nesta sexta-feira que o médico de Diego Maradona , Leopoldo Luque, falsificou a assinatura do craque argentino para obter seu histórico clínico, após análise caligráfico da assessoria pericial. A possibilidade de um homicídio culposo vem sendo apurada pelas autoridades.
O documento analisado foi um histórico clínico do dia 1º de setembro do ano passado. Os investigadores encontraram essa folha e outras duas com rascunhos semelhantes à assinatura de Maradona durante uma busca na casa de Leopoldo Luque. A perícia caligráfica afirmou que não foi o craque quem assinou.
Na Argentina, o histórico clínico de uma pessoa só pode ser entregue ao paciente ou com uma autorização do mesmo. A falsificação é mais um elemento ao contexto de irregularidades que se suspeita ter existido nos cuidados com a saúde de Maradona. Ainda existe também a possibilidade desse caso impactar a disputa pela herança dele, já que outros papéis já assinados pelo ex-jogador passam a ser colocados em dúvida.
Diego Armando Maradona morreu no dia 25 de novembro do ano passado, duas semanas depois de ser submetido a uma cirurgia na Clínica Olivos para a retirada de um hematoma no cérebro. A autópsia determinou que ele faleceu como consequência de um "edema agudo no pulmão secundário a insuficiência cardíaca crônica exacerbada" e descobriu "cardiomiopatia dilatada" em seu coração.
As investigações a respeito da morte de Maradona giram em torno de três pontos principais: se houve negligência médica, logo, um eventual "homicídio culposo"; quem foi responsável por esse possível delito; e se a morte de Maradona poderia ter sido evitada.