Neymar ficou no PSG
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Neymar ficou no PSG

Neymar sempre teve poder de barganha muito maior do que seus empregadores. Astro desde a adolescência pelo grande talento, acostumou-se a ter desejos atendidos, especialmente em relação a transferências. De Santos a Barcelona e de Barcelona a Paris. Sempre que quis, saiu para onde queria e movimentou rios de dinheiro.

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Só que, pela primeira vez, o enredo foi diferente na janela que se encerrou na última segunda-feira. O desejo explícito de Neymar era deixar o PSG, e o Barcelona apareceu para atrair a cobiça do craque. Mas a tratativa não deu certo. O começo de temporada, de fato, se dará nos próximos amistosos da seleção brasileira, contra Colômbia e Peru.

Voltar a Barcelona , de onde saiu há duas temporadas, seria uma libertação para quem passou longe de ser o melhor do mundo desde que deixou de atuar ao lado de Messi e Suárez, quando formou o temido trio MSN.

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Em Paris, Neymar jogou bem, sim, mas viveu às voltas com lesões sérias, teve frustrações na Liga dos Campeões e ainda viu o jovem Mbappé crescer e ganhar os corações dos torcedores.

Ultimamente, Neymar não fez a menor questão de agradar ao PSG , apesar do contrato até 2022. Na pré-temporada, passou a treinar separado. Quando as competições oficiais começaram, continuou encostado, dando andamento à novela que se encerra nesta segunda-feira. Das arquibancadas vieram xingamentos e faixas pedindo que Neymar deixasse o clube. O cenário é hostil.

A imprensa espanhola diz que o Barça pensa em Neymar para 2020, mas o fato é que o clube catalão não se dispôs a tirar do bolso uma grana que balançasse o PSG. Os franceses, por sua vez, até sentaram-se à mesa de negociação por diversas vezes, mas não quiseram reduzir o preço do seu ativo só para atender às vontades de um emburrado Neymar.

O impasse em relação ao futuro não fez Neymar perder espaço na seleção brasileira. Pelo contrário. Será com a amarelinha que ele fará as primeiras partidas na temporada, a começar por sexta-feira, contra a Colômbia.

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A seleção é um terreno no qual ele se sente à vontade e tem muito respaldo. No PSG, a diretoria já mostrou que não vai tratá-lo como um rei. E justamente esse será o desafio pessoal para quem acostumou-se ao centro das atenções, a fazer o que quis e ir para onde desejou. O PSG impôs limites a Neymar , algo que serve como um teste de maturidade para o "menino" de 27 anos.

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