O escândalo de corrupção que envolve o novo estádio da A.S. Roma ganhou um novo capítulo nesta sexta-feira (21). Desta vez, a Procuradoria da capital italiana investiga 400 mil euros que teriam ido parar a partidos políticos .
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De acordo os promotores, a quantia foi repassada pelo empresário Luca Parnasi, um dos pivôs do caso e dono do terreno onde a arena da Roma será construída, a organizações sem fins lucrativos ligadas à Liga Norte e ao Partido Democrático (PD).
Segundo a investigação, a organização "Più Voci", próxima da Liga Norte, teria recebido 250 mil euros no ano de 2015. Já a Fundação Eyu, ligada ao PD, teria embolsado nos últimos meses 150 mil euros.
O deputado e tesoureiro do PD, Francesco Bonifazi, está sendo investigado pelo crime de financiamento ilícito. A atuação de Giulio Centemero, tesoureiro do Liga Norte, também está sendo averiguada.
Os procuradores da capital também enviaram nas últimas semanas uma parte dos trabalhos de investigação para os seus colegas da Procuradoria de Gênova, que investigam os fundos da Liga Norte.
"Não há financiamento ilegal para o Partido Democrático, não há falsa conta da Fundação Eyu, temos todos os documentos em ordem e estamos prontos para provar em qualquer lugar", escreveu Bonifazi em sua conta no Twitter.
"Nossa lei sobre transparência no financiamento de partidos é cada vez mais necessária. É hora de parar de usar fundações para encobrir o financiamento do partido", disse, por sua vez, Luigi Di Maio, vice-premier da Itália e membro do Movimento 5 Estrelas (M5S).
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Investigação: Parnasi e mais outras oito pessoas foram detidas por causa do escândalo, incluindo cinco funcionários do empresário: o ex-vice-presidente do Conselho Regional do Lazio Adriano Palozzi; o ex-secretário regional de Urbanismo Michele Civita; e Luca Lanzalone, ex-presidente da Acea, companhia que administrava serviços de água e energia de Roma.
A suspeita é que as nove pessoas presas tenham cometido atos de corrupção em procedimentos ligados à construção do estádio da Roma. Além disso, eles teriam emitido faturas de transações inexistentes e solicitado financiamentos ilegais.
Entre os investigados está até o presidente do Comitê Olímpico Nacional Italiano (Coni), Giovanni Malagò.
O projeto de construção da arena, que terá capacidade para mais de 52 mil pessoas, foi aprovada pela Câmara Municipal em junho de 2017. Além disso, inclui também a construção de espaços comerciais, zona de eventos e entretenimento, restaurantes, áreas verdes e um local de convívio dedicado aos romanistas. O complexo exigirá mais de dois bilhões de euros em investimentos, mas o estádio em si custará 400 milhões.
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A Promotoria afirmou que o clube da Roma não tem relação com o caso.